Publicado em 07/11/2015 às 20h00.

Manifestação contra violência machista movimenta ruas de Madrid

Milhares de pessoas percorreram, neste sábado (8), as ruas do centro de Madrid, na Marcha Estatal contra as agressões machistas.

Redação

Convocada por mais de 400 coletivos feministas de toda a Espanha para exigir que a luta contra a violência de gênero seja vista como “uma questão de Estado”.  Assim, milhares de pessoas percorreram, neste sábado (8), as ruas do centro de Madrid, na Marcha Estatal contra as agressões machistas.

Manifestantes à frente da passeata carregaram um grande cartaz com o lema “Contra as agressões machistas” nas quatro línguas oficiais da Espanha – castelhano, catalão, basco e galego. Participantes do evento gritaram frase como “não estamos todas, faltam as mortas” e “a luta será feminista ou não será”.

O movimento foi prestigiado por políticos de várias correntes. O secretário geral d o Partido Socialista Operário Espanhol, Pedro Sanchez, esteve no local pouco antes do início da manifestação. Presente ao evento, o candidato a primeiro-ministro pelo partido esquerdista, Pablo Iglesias, elogiou o caráter apartidário do movimento, defendendo a necessidade de não haver mais cortes orçamentários nas medidas contra a violência de gênero. Também defendeu o direito de toda mulher a fazer o que quiser com seu corpo.

Desde o começo deste ano, a violência de gênero fez com que 41 mulheres espanholas fossem mortas por seus cônjuges e ex-cônjuges; Segundo estatísticas do Ministério da Saúde,  desde 2003, são mais de 800 vítimas fatais. Os tribunais recebem diariamente 266 denúncias de violência de gênero na Espanha.

O Partido Popular (conservador, no Governo) foi representado por sua vice-secretária setorial Andrea Levy. Inicialmente o PP não aderiu à manifestação, e vereadores seus em municípios como Madrid votaram contra a moção proposta pelo Movimento Feminista para respaldar a mobilização, num texto que denunciava os cortes nas políticas de combate à violência de gênero.

Levy negou a existência desses cortes e defendeu a gestão do Governo de Mariano Rajoy, que, afirmou ela, “teve e tem sensibilidade com este tema, como não poderia deixar de ser”.

A prefeita de Madri, Manuela Carmena, recebeu antes da manifestação diversas representantes de cidades que se declaram contrárias às “agressões machistas”, incluindo a prefeita de Barcelona, Ada Colau.

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