Publicado em 01/12/2016 às 22h21.

ACM Neto já tem oito dos 17 secretários confirmados

Paulo Câmara no Sebrae? Tia Eron na Semps? Confira como está a composição no secretariado da prefeitura de Salvador para o segundo mandato do democrata

Evilasio Junior
Foto: Max Haack/ Agecom/ bahia.ba
Foto: Max Haack/ Agecom/ bahia.ba

 

O prefeito ACM Neto (DEM) já definiu oito dos 17 secretários que irão compor o seu novo governo, mas ainda tem o desafio de encaixar as peças advindas das negociações partidárias. O bahia.ba apurou que, entre os sacramentados até agora, há apenas uma novidade: o vereador Geraldo Júnior (SD), na recém-criada pasta de Trabalho, Esportes e Lazer.

Os demais são velhos conhecidos da gestão passada: Guilherme Bellintani (DEM) retorna mais forte na “supersecretaria” de Desenvolvimento e Urbanismo, na cota pessoal do gestor; José Antônio Rodrigues, que podia ficar de fora, será mantido na Saúde (cota pessoal); Luiz Carreira (PV), na Casa Civil; Paulo Souto (DEM), na Fazenda, e a professora Ivete Sacramento (cota pessoal), na Reparação. Atual titular de Mobilidade Urbana, Fábio Mota (PMDB) também permanecerá, mas é considerado coringa e pode ser trocado de função. Situação semelhante é de João Roma (PRB), que tanto pode ficar na chefia de Gabinete quanto passar para Gestão.

Também estão cotados à continuidade no trabalho Marcílio Bastos (PRB), na Manutenção, André Fraga (PV), na Cidade Sustentável e Inovação, e Roberto Messias (cota pessoal), na Comunicação, agora como secretário.

Boa parte dos problemas na arrumação vem das exigências dos vereadores, que até o momento serão contemplados com três cadeiras: uma no segundo (Alberto Braga, PSC) e duas no primeiro escalão. Além de Geraldinho, o nome especulado é o do atual presidente do Legislativo, Paulo Câmara (PSDB), que teve o projeto de reeleição abortado por Léo Prates (DEM) e ainda está insatisfeito com a solução dada pelo prefeito (entenda aqui).

Nesta quinta-feira (30), circulou a notícia de que o tucano tentou se viabilizar “por cima” para assumir o Sebrae da Bahia, só para não se dobrar à condição de ter que viabilizar a união dos deputados federais Antônio Imbassahy, Jutahy Jr. e João Gualberto para ganhar uma pasta de peso. Além de evitar a “humilhação”, Câmara, edil mais votado em 2016, tentaria usar o cargo federal para rodar os municípios do estado e cacifar a sua campanha para a Assembleia Legislativa em 2018.

A opção inicial para ele – Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps) – deve mesmo entrar na conta do PRB, por meio da parlamentar Tia Eron, que ainda define com Neto se ela mesma vai assumir a função ou se irá recomendar algum aliado.

No caso do PMDB, além do vice-prefeito eleito Bruno Reis, que fará a articulação política, e de Fábio Mota, que pode continuar na Semob ou passar para outra função, uma mudança é tida como quase certa: Infraestrutura e Obras Públicas, que mixa Sindec e Sucop, ficaria com o atual superintendente Almir Melo Jr., jovem e muito ligado ao ex-ministro Geddel Vieira Lima, e não com o secretário Paulo Fontana.

No segundo escalão, estão praticamente asseguradas as permanências de Isaac Edington (PTB) na Empresa Salvador Turismo (Saltur), Kaio Moraes, na Limpurb, Fabrizzio Müller, na Transalvador, e Fernando Guerreiro, na Fundação Gregório de Mattos, todos na cota pessoal do prefeito. Filha do congressista Benito Gama (PTB), Taíssa Gama não conseguiu se eleger vereadora, mas pode abocanhar um posto no segundo ou terceiro escalão, situação semelhante à de Kátia Alves (SD).

O prefeito pretende convocar uma nova coletiva de imprensa para anunciar a composição da equipe até 20 de dezembro, período em que estima sanar a equação e ter a reforma administrativa aprovada na Câmara.

Confira abaixo a tabela sobre o secretariado, em que vermelho é indefinido, amarelo especulado, azul provável e verde confirmado.

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