Publicado em 22/08/2017 às 18h52.

AL-BA tende a barrar CPI para apurar supostos grampos ilegais da SSP

Para protocolar o pedido de instalação do colegiado junto à presidência da Casa, são necessárias 21 assinaturas, número exato de integrantes da oposição

Rodrigo Aguiar
Foto: Mateus Pereira / GOV BA
Foto: Mateus Pereira / GOV BA

 

Apesar das denúncias, corroboradas por documento do Ministério Público, da suposta participação do secretário de Segurança Pública da Bahia em um grampo de desembargadores não autorizado pela Justiça, a Assembleia Legislativa da Bahia dificilmente instalará uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o assunto.

O caso foi trazido ao plenário da Casa nesta terça-feira (22) pelo deputado oposicionista Soldado Prisco (PPS).

Para protocolar o pedido de instalação do colegiado junto à presidência da Casa, são necessárias 21 assinaturas, número exato de integrantes da oposição.

No entanto, já é consenso dentro do grupo que alguns oposicionistas têm resistência em assinar CPIs que causem dor de cabeça ao governo, como o deputado Samuel Júnior (PSC), por exemplo.

Tanto é que, de todas as comissões de investigação cogitadas pela bancada da minoria este ano, a única a ser instalada (e depois desfeita) foi a CPI do Centro de Convenções.

As CPIs do Hospital Ernesto Simões Filho e da Cerb não lograram êxito. Ouvidos pela reportagem, deputados da oposição disseram não acreditar na possibilidade de recolher as 21 assinaturas. Além disso, alguns deles pontuaram que a suposta existência de grampos da SSP é um tema no qual muita gente prefere não tocar.

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