Publicado em 26/04/2024 às 15h30.

X do Brasil diz ao STF que investigados burlaram restrições judiciais na plataforma

Manifestação da rede social é uma resposta ao pedido de esclarecimentos do ministro Alexandre de Moraes

Redação
Foto: Gabby Jones/Bloomberg

 

A defesa do X do Brasil disse ao Supremo Tribunal Federal (STF) que investigados com contas bloqueadas por ordem judicial burlaram restrições impostas para continuar usando a plataforma, ressaltando que os casos foram excepcionais e a empresa, assim que detectou casos assim, atuou para resolver o que chamou de falhas técnicas, de acordo com informações do portal InfoMoney.

A manifestação da rede social apresentada ao STF é uma resposta ao pedido de esclarecimentos do ministro Alexandre de Moraes sobre relatório da Polícia Federal da sexta-feira (26) da semana passada em que sustenta que contas bloqueadas na plataforma permaneciam ativas, permitiram que usuários assistissem a transmissões ao vivo e até visualizassem postagens feitas com endereços virtuais do exterior.

Na resposta de 20 páginas, os advogados do X, antigo Twitter, destacam que não houve desbloqueio ou reativação de quaisquer das contas objeto de decisões do Supremo e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), destacando que todas as determinações foram e continuam sendo cumpridas.

A empresa disse que os seis perfis analisados por amostragem em relatório da PF são objetos de múltiplas ordens de bloqueio em diversas plataformas, não apenas no X, e que “possuem histórico de tentar burlar, incessantemente, as medidas de segurança implementadas”.

“Estes indivíduos, após terem as suas contas bloqueadas, adotaram diferentes estratégias para desafiar a ordem de bloqueio e, também, as regras das plataformas, por meio da criação de novas contas e da exploração de vulnerabilidades sistêmicas para perpetuar as suas atividades”, afirmou a defesa da companhia.

A manifestação da defesa do X integra o inquérito que envolve o bilionário Elon Musk, dono do X, pelos crimes de obstrução de Justiça, inclusive em organização criminosa, e incitação ao crime.

A investigação foi aberta por Moraes após Musk ter ameaçado publicar as demandas do magistrado e afirmar que elas violariam “a lei brasileira” e que Moraes deveria sofrer um impeachment.

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