Publicado em 23/10/2018 às 12h06.

Ao cassar Dilma, a oposição pensou conquistar o paraíso, deu no inferno

Simplesmente um desastre para os adversários do PT

Levi Vasconcelos

Frase da vez

“Os golpes da adversidade são terrivelmente amargos, mas nunca estéreis”

Ernest Renan, escritor francês (1823-1892)

Reprodução/Instagram
Reprodução/Instagram

 

Um deputado baiano derrotado estava ontem na Assembleia conversando com colegas creditando muito do insucesso dos opositores de Rui Costa a um monumental erro político cometido por eles, adversários do PT; fazer o impeachment de Dilma.

Ele fez paródia com a frase do mineiro Magalhães Pinto, aquela famosa: ‘Política é como uma nuvem, você olha agora está um jeito, daqui a pouco está de outro’.

— Nós olhamos e o céu estava sorridente, dia lindo. De repente, fechou uma tempestade arrasadora, como um salto do céu para o inferno. E o pior é que só agora nos demos conta da vastidão dos estragos.

A mudança

Nas cenas reais, lembra o personagem em apreço, tudo parecia maravilha quando Michel Temer assumiu. Geddel na chefia da Casa Civil, diretamente ligada ao presidente da República, significava a esperança de dinheiro farto para obras entre os adversários de Rui Costa.

Sem falar na ocupação de espaços secundários que poderiam engordar o cacife de quem nada tinha e passou a ter máquina federal na mão.

De repente, o tempo turvou. Geddel (até hoje preso) caiu duas vezes, do governo e com as malas dos R$ 51 milhões. Com o escândalo de Temer, Aécio e Joesley, as barganhas para manter o presidente, quem vislumbrava o céu, virou leproso. E pagou caro nas urnas deste ano. Simplesmente um desastre.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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