Publicado em 14/02/2019 às 19h40.

Bebianno afirma que ‘não é moleque’ e que Bolsonaro teme respingo

Ministro ainda rebateu fala do presidente: "Todos nós voltaremos às nossas origens. As nossas origens estão no cemitério. O presidente não morrerá presidente"

Redação
L. Foto: Instagram/ Arquivo Pessoal | Gusravo Bebianno
Foto: Instagram/ Arquivo Pessoal | Gustavo Bebianno

 

Pivô da crise política do governo e pressionado pelos ataques da família Bolsonaro, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, declarou nesta quinta-feira (14), à revista Crusoé, não temer investigações relativas ao esquema de candidaturas laranjas do PSL, partido presidido por ele durante a campanha.

“Não sou moleque, e o presidente sabe. O presidente está com medo de receber algum respingo”, afirmou. O ministro disse não acreditar em um complô para derrubá-lo: “Acho que há o desejo de atingir o presidente de alguma forma”.

Bebianno, entretanto, não deixou sem resposta uma declaração do presidente Jair Bolsonaro, que cogitou a possibilidade do ministro “voltar às suas origens”, em uma alusão a uma possível demissão.

“Todos nós voltaremos às nossas origens. As nossas origens estão no cemitério. O presidente não morrerá presidente. Muitas pessoas que se elegeram agora, eu não quero citar nomes, que também estão aí sob foco de investigações. Vamos ver, está certo? Eu sou homem, não sou moleque”, disse o titular da Secretaria-Geral.

Sobre a postagem feita pelo vereador do Rio, Carlos Bolsonaro, filho do chefe do Planalto, o ministro afirmou: “Ele [Carlos] não é nada no governo. Eu sou ministro. Tenho que respeitar a liturgia do cargo”.

“Não sou moleque para ficar batendo boca em rede social. Se há algum problema, eu resolvo frente a frente, olho no olho, dentro de uma sala, como uma pessoa civilizada”, completou.

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