Publicado em 16/01/2019 às 07h22.

Bolsonaro ignorou sete sugestões de Moro em decreto sobre armas

Entre as mais restritivas, ministro da Justiça defendia dispositivo que exigia a comprovação de cofre para artefatos, e não a mera declaração

Redação
Antonio Cruz/Wilson Dias/Agência Brasil/montagem bahia.ba
Antonio Cruz/Wilson Dias/Agência Brasil/montagem bahia.ba

 

O decreto que flexibiliza a posse de armas, editado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), tem ao menos sete diferenças em relação à minuta elaborada pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro.

Segundo a Coluna do Estadão, embora não tenha dado declarações na cerimônia de assinatura do texto, soube-se, nos bastidores, que as divergências teriam chateado o ministro.

De acordo com a publicação, a sugestão de Moro era mais restritiva: previa a posse para duas armas, e não quatro; não prolongava automaticamente registros já concedidos para dez anos e exigia a comprovação de cofre para artefatos, e não a mera declaração.

Pela versão de Moro, também era possível negar o pedido de registro com base em “fundadas suspeitas” de informações falsas ou de ligação com grupos criminosos. No texto final, só é negada a solicitação se houver comprovação desses pontos.

Temas: Moro , armas , bolsonaro , decreto

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