Publicado em 26/07/2017 às 10h20.

Braço direito de Negromonte, Peixoto coleciona denúncias

Apesar das queixas, secretário foi anunciado para os quadros da administração de Wagner e Rui

Alexandre Galvão
Foto: Mateus Pereira/ GOV BA
Foto: Mateus Pereira/ GOV BA

 

Demitido em 2011 da chefia de gabinete do Ministério das Cidades, comandado então por Mário Negromonte, Cássio Peixoto – atual secretário estadual de Infraestrutura Hídrica e Saneamento da Bahia (Sihs) – coleciona acusações de má conduta na administração pública.

Em 2011, fez as malas de Brasília por, supostamente, ajudar na adulteração de um parecer técnico que vetava a mudança do projeto do governo do Mato Grosso de trocar a implantação de uma linha rápida de ônibus (BRT) pela construção de um Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT).

Com a suposta fraude, o Ministério das Cidades passou a respaldar a obra e o seu custo subiu para R$ 1,2 bilhão, R$ 700 milhões a mais do que o projeto original. A mudança para o modelo foi publicada no dia 9 de novembro na nova Matriz de Responsabilidades da Copa do Mundo.

Ainda no cargo federal, o atual chefe da Sihs foi acusado de receber um lobista para negociar a informatização da pasta. A figura em questão é Mauro
César dos Santos e alguns dos encontros tiveram participação da cúpula do PP.

Após os escândalos, a reputação de Peixoto continuou intocável no estado, onde foi convidado a assumir a Bahia Pesca – empresa de capital misto. À frente do órgão, Cássio Peixoto e a Cátedra – entidade sem fins lucrativos gerida por militantes e dirigentes do PP da Bahia – firmaram contratos com o governo estadual, que chegam a R$ 28,6 milhões, entre 2013 e 2017.

Os negócios, segundo o vice-governador e presidente do PP na Bahia, João Leão, não foram referendados por ele.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.