Publicado em 13/08/2018 às 19h40.

Cabral reconhece caixa 2, mas diz que nunca agiu ‘como corrupto’

Em depoimento, ex-governador afirmou que foi beneficiado com recursos do empresário Arthur Soares, conhecido como Rei Arthur

Redação
Foto: Reprodução/ RPC Curitiba
Foto: Reprodução/ RPC Curitiba

 

Em depoimento prestado nesta segunda-feira (13), o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (MDB) admitiu ter sido beneficiado por caixa 2 com recursos do empresário Arthur Soares, conhecido como Rei Arthur, mas negou o recebimento de propina, de acordo com o G1.

“O senhor Arthur Soares me ajudou em campanhas eleitorais de maneira informal, caixa dois. Os irmãos Chebar [delatores] foram responsáveis para pegar parte desses recursos. (…) Posso lhe garantir que me ajudou em campanhas de 2002 para o Senado, 2004 para ajudar candidatos aliados e sei que ajudou adversários meus, 2006 para o Governo do Estado, 2008 para as campanhas municipais, 2010 para reeleição e de candidatos aliados. Mas em 2012 não sei, 2014 com certeza não”, declarou.

“O que eu não fiz foi [pedir] propina, agir como corrupto. Isso eu nunca agi”, acrescentou o emedebista. Cabral e seu ex-secretário de Saúde Sérgio Côrtes foram ouvidos no âmbito da Operação Unfair Play, que investiga compra de votos para o Rio sediar a Olimpíada.

Com o desmembramento do processo em dois, o ex-governador prestou depoimento na última semana sobre a suposta compra de votos de membros africanos do Comitê Olímpico Internacional. Nesta segunda, falou sobre as propinas pagas pelo Rei Arthur, um dos principais fornecedores do seu governo e foragido há um ano.

Delator e ex-operador do esquema criminoso de Cabral, Carlos Miranda afirma que o ex-governador recebeu mais de R$ 1 milhão em propina das firmas do empresário por aproximadamente cinco anos.

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