Publicado em 09/05/2017 às 13h40.

Caixa 2: Dilma pede que depoimento de marqueteiros seja desconsiderado

Segundo defesa da petista, João Santana e Mônica Moura apresentaram afirmações falsas ao TSE; casal disse que a ex-presidente sabia do uso de recursos não contabilizados na campanha de 2014

Redação
Dilma (Reprodução / Reuter)
Foto: Reprodução / Reuters

 

Sob o argumento de que o marqueteiro João Santana e sua mulher, a empresária Mônica Moura, apresentaram “afirmações falsas” à Corte Eleitoral, a defesa da ex-presidente Dilma Rousseff pediu que seus depoimentos sejam desconsiderados no âmbito da ação que apura se a chapa Dilma (PT)-Michel Temer (PMDB) cometeu abuso de poder político e econômico para se reeleger em 2014. O pedido consta das alegações finais encaminhadas pelos advogados da petista ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

À frente das campanhas do PT à Presidência da República em 2006, 2010 e 2014, o marqueteiro e jornalista João Santana, também conhecido como “Patinhas”, afirmou que Dilma estava a par do uso de caixa 2 na campanha de 2014. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, em seu depoimento à Justiça Eleitoral, ele teria dito que a ex-presidente não apenas sabia da existência dos recursos não contabilizados, como se sentia “chantageada” pelo empreiteiro Marcelo Odebrecht.

No pedido encaminhado ao TSE, a defesa de Dilma além de solicitar “(…) que sejam desconsiderados tais depoimentos como meio de prova no presente processo (…)”, requer “a adoção de medidas atinentes à prática de crime de falso testemunho (art.342 CP), bem como para perda dos benefícios do regime de colaboração premiada”.

Os advogados também solicitam que o depoimento do empreiteiro Marcelo Odebrecht sobre o mesmo assunto seja igualmente desconsiderado.

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