Publicado em 13/09/2017 às 18h40.

Caso Geddel: Hildécio pede ‘novos líderes’ e Luciano isola ex-ministro

“O entendimento da nossa bancada aqui na Casa é de que o problema de Geddel é individual", disse um peemedebista na Assembleia

Alexandre Galvão
Foto: André Dusek/ Estadão Conteúdo
Foto: André Dusek/ Estadão Conteúdo

 

O apoio ao ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) se esvaiu até mesmo na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). Nesta quarta-feira (13), dois integrantes da bancada da legenda deram claras mostras de que o político ligado a R$ 51 milhões encontrados dentro de um apartamento em Salvador não terá mais, publicamente, o apoio dos quase ex-liderados.

“Tenho defendido que o PMDB tem que se oxigenar. Por isso, nesse momento não vejo como o partido pode continuar como está hoje [com Lúcio Vieira Lima na presidência do PMDB de Salvador]. O partido não pode ficar parado esperando que novos fatos aconteçam. Temos que nos adiantar. A medida é de abrir portas para novas lideranças terem acesso, para que venham ao partido. Certamente [estas lideranças] de outros partidos, ou não”, tergiversou o deputado Hildécio Meireles, em entrevista ao bahia.ba.

As declarações surgem ao mesmo tempo em que pululam nos corredores políticos “vontades” de políticos de tomarem o PMDB da mão dos Vieira Lima, que comandaram por anos a legenda no estado.

Um dos políticos que cobiçaria o grupo é o ministro Antonio Imbassahy (PSDB), que tenta se viabilizar para a chapa majoritária de 2018 encabeçada por ACM Neto (DEM).

Outro peemedebista que chutou de vez Geddel para escanteio foi o deputado Luciano Simões Filho. Para o parlamentar, é preciso saber diferenciar “o problema do CPF [pessoal de Geddel] do CNPJ [o PMDB]”. “O entendimento da nossa bancada aqui na Casa é de que o problema de Geddel é individual. O partido é maior do que isso. Uma coisa é o problema do CPF, outro é do CNPJ. Ele vai ter que tratar desse problema e o partido continua”, disse.

O discurso de Simões Filho se junta ao do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), que recentemente ressaltou a importância do PMDB, mas deixou de defender o antes aliado de primeira hora.

“Confio na polícia e no Poder Judiciário. Espero que eles possam realizar o trabalho o mais rápido possível para que as explicações sejam dadas e as conclusões apresentadas em relação à origem e propriedade desses recursos. A partir das conclusões, vamos ter condições de avaliar exatamente o que aconteceu, mas a lei vale para todos. Não há distinção se é do partido A, B ou C. Se é aliado ou adversário”, declarou o prefeito, pouco depois da prisão de Geddel.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.