Publicado em 12/06/2017 às 15h55.

Convenções: Rui promete solução para este mês; setor quer privatizar

Governador afirmou, em entrevista à imprensa, que o centro será instalado na Paralela ou no Comércio e que governo já recebe propostas para lançar licitação

Rodrigo Aguiar
(Foto: Bahiatursa/Divulgação)
Foto: Bahiatursa/Divulgação

 

O governador Rui Costa (PT) previu ainda para este mês um desfecho para o caso do Centro de Convenções da Bahia, que está fechado desde julho de 2015 e foi alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, que acabou arquivada na Assembleia Legislativa.

Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (12), durante o lançamento do Projeto de Qualificação de Gestores de Ligas de Futebol, na Arena Fonte Nova, o chefe do Executivo estadual afirmou que as propostas dos grupos interessados já têm sido recebidas pelo governo e que, a partir delas, será lançada a licitação e definido o novo local de implantação do empreendimento – ou Parque de Exposição (Paralela) ou Comércio. “Com base na força das propostas, aí eu vou bater o martelo por uma ou pela outra opção”, disse o petista.

Também nesta segunda, a rede hoteleira de Salvador voltou a cobrar uma solução para o impasse em torno do complexo. Ao bahia.ba, a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis na Bahia (Abih-BA) reafirmou que o setor tem sofrido duramente com a interdição do espaço e defendeu a sua privatização.

“Estamos com a luz amarela acessa. Muito apreensivos com esse segundo semestre, até porque sabemos que a crise não será resolvida neste ano. O Centro de Convenções seria indispensável nesse período de baixa estação, quando geralmente recebemos menos turistas. A realidade é que não temos tido um turismo de evento considerável, que ajudaria bastante. […] Temos denunciado, agido na imprensa, mas quem está com a caneta na mão é o governo. O ideal, na verdade, seria um Centro de Convenções privado. Não existe somente nossa vontade e o turismo de eventos, voltamos a ressaltar, é essencial”, afirmou a entidade, por meio da assessoria de comunicação.

Em fevereiro, o secretário municipal de Cultura e Turismo, Cláudio Tinoco, sugeriu ao governo doar o imóvel à prefeitura, proposta que foi recusada pelo titular da pasta no estado, José Alves. Segundo a Abih, 45,32% dos quartos de hotéis estão ocupados hoje, mas a situação poderia ser melhor, caso o imbróglio já estivesse resolvido.

A liga reconhece, no entanto, que o edifício deve demorar a ser realocado na capital baiana e, assim, voltar a contribuir nos lucros do ramo. “Para reconstruir, por exemplo, seriam dois anos. Aí viria o processo de se tornar atrativo para eventos, o que também demora. Digamos que, no final das contas, iremos ficar 10 anos sem os recursos que poderiam ser advindos desse local”, pontuou.

Sem expectativa para a resolução do caso, a associação diz que promove ações promocionais para atrair visitas. Em relação ao mesmo período de 2016, quando foi registrada uma taxa de ocupação de 42,88%, houve melhora de 2,44%. Dados divulgados pela associação, contudo, demonstram uma piora do preço médio da diária, que passou de R$ 220 para R$ 211 em um intervalo de um ano.

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