Publicado em 21/06/2016 às 11h55.

Cunha acusa Wagner de troca de favores para salvar Dilma

De acordo com o peemedebista, ex-ministro teria até prometido influência sobre o presidente do Conselho de Ética, deputado José Carlos Araújo

Redação
(Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)
(Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)

 

O deputado federal afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) acusou o ex-ministro da Casa Civil do governo Dilma, Jaques Wagner (PT), de troca de favores para salvar a petista do impeachment, durante pronunciamento à imprensa, nesta terça-feira (21), em um hotel em Brasília.

Segundo o peemedebista, o ex-governador baiano prometeu “várias vezes” votos do PT para evitar ação por quebra de decoro no Conselho de Ética, disse que poderia intervir no Poder Judiciário para proteger sua mulher, Cláudia Cruz, de um eventual processo, e garantiu ter influência sobre o presidente do Conselho de Ética, o deputado baiano José Carlos Araújo (PR).  Em troca, Wagner queria o arquivamento dos pedidos de impedimento contra Dilma.

“Nos três encontros [que tivemos], o Jaques Wagner ofereceu os votos do PT no Conselho de Ética e, inclusive, chegou ao ponto de oferecer que não iriam incluir nenhuma discussão sobre a presença da minha mulher e da minha filha, com a separação do inquérito ao qual eu já estaria respondendo. Quem estava propondo era o governo, não era eu, além de soar como chantagem”, afirmou. No colegiado, havia três votos do PT: Zé Geraldo (PT-PA), Leo de Brito (PT-AC), e Valmir Prascidelli (PT-SP).

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