Publicado em 21/01/2019 às 13h20.

CUT, MST e outros movimentos assinam nota em defesa de Maduro

Entidades dizem que atuação do Itamaraty prepara "as condições para uma intervenção militar estrangeira" na Venezuela

Redação
Foto: Elza Fiúza/ABr
Foto: Elza Fiúza/ABr

 

Movimentos e organizações divulgaram uma nota em defesa do mandato de Nicolás Maduro na Venezuela e criticaram a posição do Itamaraty em relação ao governo do país vizinho.

Entre as entidades que assinam o texto, estão o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Confederação Nacional dos Metalúrgicos, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

Segundo a nota, a posição do governo Bolsonaro em relação à Venezuela “cobre de indignidade o governo brasileiro e representa escandalosa violação do direito internacional”.

Os movimentos dizem que os governos Chávez e Maduro jamais atuaram fora das regras constitucionais. “Desde que Hugo Chávez tomou posse como presidente do país, em 1999, ocorreram 23 processos eleitorais ou referendos nacionais, nenhum partido de oposição jamais foi interditado e a mídia oposicionista continuou a existir livremente”, afirma trecho da nota.

As entidades brasileiras também defendem a legitimidade do último pleito realizado no país vizinho, com o argumento de que as eleições “foram acompanhadas por mais de 200 observadores internacionais, como o ex-primeiro-ministro da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero, o ex-presidente do Equador, Rafael Correa, o ex-embaixador do Brasil, Samuel Pinheiro e o representante da Comissão Central Eleitoral da Rússia, Vasili Likhachev, entre outros e outras”.

“Os ataques mentirosos e levianos da chancelaria brasileira, na verdade, são parte de uma escalada diplomática que tem como objetivo preparar as condições para uma intervenção militar estrangeira”, diz o texto.

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