Publicado em 16/11/2015 às 15h07.

De olho em 2018, PMDB promove encontro nacional em Brasília

Em pauta, o programa de governo da legenda tem como foco uma saída para a crise econômica

Hieros Vasconcelos

Nesta terça-feira (17), peemedebistas de todo o país estarão reunidos em Brasília, para um encontro que vai discutir o programa de Governo apresentado pela legenda.   Ao Bahia.ba, o presidente do PMDB na Bahia, Geddel Vieira Lima, acrescentou que a possibilidade de candidatura própria do partido em 2018 também deve permear a discussão, no entanto, a tônica será encontrar meios para tirar o Brasil da crise, com uma agenda “clara e transparente” de ações concretas. “O programa é um conjunto de ideias do partido, inclusive com o governo, que tem que ter humildade e absorver algumas das propostas, principalmente na questão da política econômica, onde o governo cavou a própria sepultura”, declarou.

Geddel: "Não vamos sentar para negociar boquinha nem carguinho"
Geddel: “Não vamos sentar para negociar boquinha nem carguinho”

 

Muitas das propostas para tirar o “país do buraco” foram apresentadas pela ala peemedebista que é favorável ao fim da aliança da sigla com o PT, conforme adiantou Geddel, um dos cabeças do movimento pelo afastamento, junto com o irmão, o deputado federal Lúcio Vieira Lima. “Não vamos sentar para negociar boquinha nem carguinho, mas ações concretas para o país, na industrialização, e no desenvolvimento”, pontuou ele, embora afirme que o assunto deve ser discutido e que não haverá censura nesse sentido.

Presidido pelo vice-presidente Michel Temer, que tem se distanciado cada vez mais da presidente Dilma Rousseff (PT), o encontro servirá também para, nas entrelinhas, reafirmar a tendência de parte da sigla de caminhar desgarrado do PT em 2018. As chances de vitória são vistas por alguns membros como grandes, principalmente porque o PMDB pode protagonizar a alternativa à polarização PSDB – PT. “Vamos fazer um debate com todo o partido, para que houvesse uma manifestação do partido. Depois alguns viraram ministros…  Claro que pode ter moções nesse sentido, ninguém vai censurar ninguém. Mas o foco do debate é o conjunto de propostas”, destacou Geddel Vieira Lima ao Bahia.ba.

Clima – O clima entre os peemedebistas não é dos melhores, principalmente com a iminência de saída da presidência da Câmara de Deputados de Eduardo Cunha, acusado de lavagem de dinheiro e corrupção na Operação Lava Jato.

No entanto, segurança não falta ao partido, que é um dos poucos que permanecem no poder há anos com quadro ampliado no Congresso. Das 594 cadeiras, 84 são ocupadas por peemedebistas que têm ainda governadores ou vice em 11 estados. O PMDB também é responsável por um quinto das prefeituras do país.

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