Publicado em 02/11/2017 às 07h40.

Dodge diz ser ‘incontroverso’ que Nunes recebeu propina de R$ 500 mil

Procuradora-geral da República confirmou que campanha ao Senado do atual ministro das Relações Exteriores, em 2010, foi bancada com recursos irregulares da Odebrecht

Redação
Foto: Lula Marques/ Agência PT
Foto: Lula Marques/ Agência PT

 

A campanha ao Senado, em 2010, do atual ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes (PSDB-SP), recebeu pelo menos R$ 500 mil de propina da Odebrecht, concluiu a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, em petição ao Supremo Tribunal Federal (STF). O valor não consta nos registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“É fato incontroverso que houve o repasse de recursos para a campanha do senador Aloysio Nunes. Resta investigar a origem destes recursos e a finalidade do repasse”, escreveu a chefe da PGR ao ministro relator do caso no STF, Gilmar Mendes, que também preside o TSE, no último dia 24.

O inquérito foi aberto em março pelo então procurador-geral Rodrigo Janot após dois delatores da empreiteira revelarem os pagamentos ao tucano em depoimento à PGR. No departamento de propina da construtora, Aloysio tinha o codinome “Manaus”.

O senador José Serra (PSDB-SP) também é investigado no mesmo caso, por suspeita de receber R$ 9 milhões em recursos ilegais para fazer obras viárias quando governou o Estado paulista, mas os tucanos devem se livrar de qualquer sentença.

Dodge afirmou que os crimes teriam sido cometidos antes de 2010 e estariam prescritos. Segundo ela, o Código Penal “assegura aos senadores Serra e Aloysio prazo prescricional pela metade, pois eles têm idade de 75 e 72 anos, respectivamente”.

No entanto, ela não pediu o arquivamento das investigações. Informações da Folha.

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