Publicado em 13/06/2016 às 21h40.

‘É uma vitória da população’, diz Neto sobre aprovação do PDDU

O prefeito disse que o novo Plano Diretor vai gerar empregos na cidade; oposição na Câmara vai estudar judicialização da votação desta segunda (13)

Redação
(Foto: Max Haack/ Agecom/ bahia.ba)
(Foto: Max Haack/ Agecom/ bahia.ba)

 

A aprovação do novo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU), na Câmara de Vereadores de Salvador, na tarde desta segunda-feira (13), foi vista com bons olhos pelo prefeito ACM Neto (DEM). Para o alcaide, tratou-se de uma vitória da população. Ele acredita que com o novo PDDU haverá geração de empregos e crescimento da capital baiana de maneira “justa e sustentável”. A proposta foi aprovada por 29 votos favoráveis e 13 contrários.

“A cidade e os vereadores estão de parabéns. Essa é uma vitória da população. Todo o processo de construção e discussão do novo PDDU aconteceu com a participação decisiva da sociedade e das entidades organizadas”, disse Neto.

Enquanto a oposição no legislativo municipal, juntamente com urbanistas e especialistas no assunto,  criticou veementemente o processo de discussão do PDDU, sob alegação de fraca participação popular, com audiências esvaziadas e sem divulgação nos veículos de comunicação, o prefeito da capital baiana reafirmou que a proposta teve ampla participação da população. “Esse foi um dos processos mais participativos e democráticos da história de Salvador”, afirmou. Segundo ele, mais de 40 audiências nos âmbitos do Executivo e Legislativo foram reelizadas nos quase sete meses de tramitação na Câmara. “Isso sem falar nas cinco oficinas que fizemos”, destacou.

Oposição – Já a líder da oposição, Aladilce Souza (PCdoB), disse que dos quatro projetos de PDDU que entraram na Câmara, o aprovado nesta segunda (13) foi o pior. A opinião dela encontra coro nos colegas da bancada da oposição. Para o vereador do PT, Gilmar Santiago, o PDDU foi feito para o mercado imobiliário, que representa apenas 12% da economia de Salvador, quando aumenta o padrão construtivo na orla. Ele alerta que isto vai afetar o clima do resto da cidade. “É o pior PDDU da história, consegue ser pior que o de Imbassahy e o de João Henrique. Foram gastos mais de R$ 6 milhões com uma Fundação paulista que fez um Plano copia e cola, com dados defasados de 2010”, criticou Santiago.

Judicialização – Segundo Santiago, a bancada estuda judicializar o processo de votação do PDDU. “O prefeito patrocinou um circo nas galerias para votar um plano indefensável e a bancada dele não tinha os 29 votos necessários para mudar o processo de votação”, disse Gilmar, referindo-se à mudança de rito de apreciação dos artigos do Plano. Em março, o Ministério Público da Bahia (MP-BA), por meio da promotora Hortensia Pinho, entrou com uma ação civil pública para anular o Plano.

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