Publicado em 19/11/2018 às 12h25.

Eleitos pelos pequenos buscam novas legendas

Se eles quiserem ficar nos seus partidos, do ponto de vista legal, problema nenhum. Mas não receberão um centavo do Fundo Partidário, nem terão tempo rádio e tevê

Levi Vasconcelos

Igor Kannário e Pastor Abílio Santana, ambos do PHS, mais Raimundo Costa, do PRP, deputados federais eleitos, mais os estaduais Jurandir Oliveira (PRP), Junior Muniz (PHS) e Pastor Tom (Patriota), vão ter que arranjar um novo partido.

Motivo: os partidos deles, num total de 14, se encalacraram na cláusula de barreira, o dispositivo da reforma política que obriga partido para ter o direito de existir conquistar 1,5% dos votos válidos em nove estados ou 1% em todos.

Do bolso

Se eles quiserem ficar nos seus partidos, do ponto de vista legal, problema nenhum. Mas não receberão um centavo do Fundo Partidário, nem terão tempo rádio e tevê. Ou seja, vão ter que pagar do bolso. Óbvio que num país em que os partidos vivem pendurados nas tetas públicas, ninguém quer.

O Brasil tem 35 partidos e mais 60 na fila. Virou meio de vida, a maioria, para vender tempo de tevê e também legendas para candidaturas. Com a saída dos 14 (alguns mais encorpados, como o PCdoB, estão se fundindo), ficam 19, mas a lei prevê que os percentuais mínimos vão subir. Em 2022, já serão 3% em 9 estados, ao invés de 1,5%.

Os eleitos estão se arrumando. Jurandir e Júnior Muniz, por exemplo, foram para o PP de João Leão. O federal Raimundo Costa diz que está avaliando:

— Recebo convites de todos lados. Mas é cedo. Primeiro vou conversar com Rui Costa.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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