Publicado em 02/10/2018 às 14h27.

Em 2018 as redes sociais mostraram que vieram para ficar. E mudar o ritual

Marqueteiros da Bahia que atuam aqui e nos quatro cantos do Brasil dizem que se o horário eleitoral acabar, não fará falta

Levi Vasconcelos

Frase da vez

“Não é triste mudar de ideias, triste é não ter ideias para mudar”

Barão de Itararé, como se autodenominou Aparício Torrelly, jornalista e humorista (1895-1971)

Imagem: emancipaceara.blogspot.com
Imagem: emancipaceara.blogspot.com

 

Haja o que houver nas urnas domingo (7), um fato já está consolidado como marco histórico em 2018: as redes sociais, ainda na infância, mas mais para adolescência, foi mais forte que o marketing político convencional.

Com um partido nanico, o PSL, um vice, o general Hamilton Mourão, sem tradição política e apenas sete segundos de tempo de TV, Jair Bolsonaro no mínimo assegurou vaga no segundo turno atropelando o tucano Geraldo Alckmin (PSDB), que tem o apoio do ‘Centrão’ e 39 vezes mais tempo de televisão.

Ajuda inimiga

Marqueteiros da Bahia que atuam aqui e nos quatro cantos do Brasil dizem que se o horário eleitoral acabar, não fará falta. As inserções comerciais, não. Estas têm eficácia comprovada.

Há quem pondere que Bolsonaro trabalha as redes sociais há mais de dois anos, de forma profissional, recebeu a facada que politicamente muito o ajudou e também que foi o horário eleitoral quem impulsionou o petista Fernando Haddad.

Mas nas redes ele também foi bem. Haddad (PT) ganhou 500 mil novos seguidores no Face, no Twitter, no Instagram e no YouTube nos últimos 30 dias. A alta foi de 42%. Levantamento da consultoria Bites mostra que ele ganhou 1,189 milhão de seguidores em 31 de agosto e pulou para 1,689 milhão assim que foi indicado candidato do PT. Mas já achou um Bolsonaro com 12 milhões de seguidores. Ou seja, chegou na frente e lá está.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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