Publicado em 12/01/2018 às 18h43.

‘Esquecida’ por Rui, Lídice foi instigada a ser candidata oculta de Neto

Democrata apoiaria a reeleição da socialista “nos bastidores”. Em troca, ela garantiria o apoio de prefeitos do PSB à candidatura de Neto ao governo

Rodrigo Aguiar
Foto: Mateus Pereira/GOVBA
Foto: Mateus Pereira/GOVBA

 

“Esquecida” até então pelo governador Rui Costa (PT) no debate sobre a montagem da chapa majoritária para as eleições deste ano, a senadora Lídice da Mata (PSB) chegou a ser aconselhada por aliados a ser uma “candidata oculta” do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM).

Para isso, o democrata apoiaria a reeleição da socialista para o Senado “nos bastidores”, rifando um dos candidatos da sua chapa. Em troca, a presidente do PSB baiano garantiria o apoio de prefeitos da legenda à candidatura de Neto ao governo.

Apresentado à senadora por pessoas próximas, o plano, entretanto, foi recusado. Apesar do bom relacionamento com o gestor da capital, a senadora destacou o próprio histórico político, inclusive as denúncias de que foi perseguida por anos pelo ex-senador Antônio Carlos Magalhães, avô do prefeito.

Além disso, o arranjo dificilmente passaria despercebido, o que tiraria da senadora votos do seu eleitorado tradicional.

Intimada pela direção nacional do PSB a tentar a reeleição no pleito de outubro “em qualquer hipótese”, Lídice deverá mesmo disputar uma vaga no Senado independentemente de compor a chapa de Rui, conforme o relato de aliados ao bahia.ba.

Das duas vagas ao Senado na chapa encabeçada pelo governador, há uma espécie de consenso em torno de Jaques Wagner (PT) – que eventualmente poderia até abrir mão do posto, caso seja o “plano B” do PT nacional em caso de Lula fora das urnas – e o PSD, do senador Otto Alencar, que “não abre mão” de estar na chapa.

Provável indicação do partido para integrar a chapa, o presidente da Assembleia, Ângelo Coronel, mandou recado a Lídice, ao defender que o PSD tem prioridade, não por “questão de fita métrica, e sim de densidade eleitoral”. A senadora declarou recentemente que a política “não é aritmética”.

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