Publicado em 14/07/2016 às 16h17.

Esquema em Santo Amaro gerou prejuízo de R$ 20 mi, estima MP

Ministério Público ainda não sabe dizer se o prefeito Ricardo Machado tinha participação na fraude, que era coordenada pelo vice-prefeito, segundo as investigações

Rodrigo Aguiar
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Foto: Ivana Braga / bahia.ba

 

O Ministério Público da Bahia (MP-BA) estima um prejuízo de cerca de R$ 20 milhões aos cofres públicos do município de Santo Amaro, decorrente do esquema desbaratado nesta quinta-feira (14) pela Operação Adsumus.

O esquema – que era coordenado pelo vice-prefeito do município, Léo Pacheco (PSB), segundo o MP – consistia em um núcleo de empresas que venciam a grande maioria das licitações de grandes valores e nunca concluíam as obras, sempre com “aditamentos eternos”.

“Duas empresas abraçaram doze de vinte contratos milionários. Embora com nomes diversos, muitas dessas empresas tinham endereços semelhantes e concentração de recursos nos mesmos sócios”, declarou em entrevista coletiva João Paulo Schoucair, promotor de Justiça de Santo Amaro.

Foram cumpridos cinco mandados de prisão temporária, cujos prazos são de cinco dias. Além do vice-prefeito, foram detidos o secretário municipal de Obras Luiz Pacheco, o funcionário da Secretaria de Educação Diego Sales e dois empresários – Roberto Santana e outro identificado como Paulo Vasconcelos.

O MP ainda não sabe se o prefeito Ricardo Machado (PT) tinha alguma participação no esquema. “Não temos certeza nem da ausência nem da presença do prefeito, mas as investigações prosseguirão. Caso haja envolvimento do prefeito, a procuradora-geral será acionada”, disse Schoucair.

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