Publicado em 19/09/2017 às 17h25.

Ex-Sucom ‘reativa’ passado militar, elogia Bolsonaro e mira 2018

Cláudio Silva (PP) critica ideologia de gênero e nega que houve ditadura militar no país. Ele quer ser candidato com a bandeira da “ordem, disciplina e amor à pátria”

Rodrigo Aguiar
Foto: Reprodução/ Facebook
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Candidato derrotado à prefeitura de Salvador na última eleição municipal e ex-superintendente de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom), Cláudio Silva (PP) quer ser candidato no pleito de 2018 com a bandeira da “ordem, disciplina e amor à pátria”.

Com elogios ao deputado federal Jair Bolsonaro, pré-candidato à Presidência da República, e críticas à ideologia de gênero, ele mudou completamente seu discurso, mas nega que queira se aproveitar de uma onda “bolsonarista”.

“Não existe oportunismo meu. Existe um espaço fecundo para trazer à tona alguns pensamentos que aprendi desde os 18 anos de idade”, disse, em entrevista ao bahia.ba, em referência à idade em que ingressou no Exército.

Capitão da reserva, Cláudio nega que tenha ocorrido ditadura militar – foi um governo militar; tivemos cinco presidentes”– e lamenta a falta de “amor pela pátria” das novas gerações.

“Não é questão de militarização ou não. É questão de civismo. Qual a escola que ainda hasteia a bandeira? Elas não tem nem mais mastros! Qual a escola que ainda ensina civismo? Elas preferem discutir ideologia de gênero! Quantos políticos falam em educação? Eles preferem inaugurar obras!”, diz trecho de postagem compartilhada em sua página no Facebook.

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Foto: Reprodução / Facebook

 

Em suas redes sociais, há também o vídeo de uma entrevista do general João Batista Figueiredo, último presidente do regime militar, de 1979 a 1985.

O ex-chefe da Sucom elogiou ainda as declarações do general Antonio Hamilton Martins Mourão em defesa de uma intervenção militar, o que gerou inclusive pedidos de explicação pelo Ministério da Defesa. “As Forças Armadas vão ter que se pronunciar se o Judiciário entrar no acordão. […] Você não tem manchas que maculem a historia da instituição”, declarou Cláudio.

Filiado ao PP, ele pretende concorrer a algum cargo no próximo ano, e não descarta tentar um mandato até por outra legenda, caso necessário. “A gente vem sendo sondado de diversas maneiras. […] Não dá para revelar. São coisas de bastidores, que devem estar definidas em três meses”, previu.

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