Publicado em 14/04/2017 às 19h00.

Fla-Flu: Rui e Souto eram ‘meias’ de clubes cariocas em planilhas

Políticos baianos eram classificados em planilha de caixa 2 com codinomes relativos a clubes do Rio durante eleição de 2014

Fernando Valverde
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Fotos: Rodrigo Aguiar / Bahia.ba /Roberto Viana/ Agência Haack/ bahia.ba

 

O Fla-Flu, aquele que talvez seja o maior clássico do futebol nacional, ganhou novo significado a partir das planilhas da Odebrecht. De rivalidade tão ferrenha quanto a do dérbi carioca, PT e DEM tiveram seus candidatos, na eleição de 2014, classificados como jogadores dos times.

Sob suspeita de terem recebido recursos declarados e indevidos durante o pleito ao governo do Estado, Rui Costa (PT), posteriormente eleito, era citado como “Meia do Flamengo” na planilha e valia “2.000” de alguma unidade de valor não especificada. Já o “Meia do Fluminense” e adversário do petista no “campeonato”, Paulo Souto (DEM) valia “29.000” da mesma “moeda”.

Mesmo que não haja especificação quanto à importância dos valores citados, a empreiteira errou o chute e Rui se elegeu em primeiro turno com 54,53% dos votos.

Segundo o ex-executivo da empreiteira e criador da planilha futebolística, Luiz Eduardo da Rocha Soares, a ideia servia para esconder dos partidos quanto cada um receberia e evitar conflitos. “Nós tomávamos o cuidado de não dar muito para um partido em detrimento de outro de forma lícita. Se um partido tinha direito a um valor maior, ia de forma ilícita”, afirmou.

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