Publicado em 04/04/2016 às 16h40.

Dilma precisa ‘buscar outros parceiros’ para governar, diz Daniel

Em nome da “sustentação política”, presidente estadual do PCdoB acha legítimo toma-lá-dá-cá do governo para preencher buraco do PMDB e se manter no poder

Ivana Braga
Foto: Angelino de Jesus/ OAB-BA
Foto: Angelino de Jesus/ OAB-BA

 

O deputado federal Daniel Almeida, presidente do PCdoB da Bahia, acha “justificável” a investida do governo sobre partidos médios, pequenos e até nanicos para “preencher” os espaços deixados pelo PMDB – que desembarcou da gestão da presidente Dilma Rousseff (PT) na última terça-feira (29) – e garantir os votos necessários para barrar o processo de impeachment na Câmara.

No evento de comemoração de 94 anos da legenda comunista, na Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira (4), o parlamentar defendeu a tese de que a “repactuação” é necessária. “Há uma crise que é política, que afeta profundamente o ambiente econômico, e é preciso que se repactue”, opinou, ao apostar que os defensores do afastamento da mandatária “não alcançarão os 342 votos”.

Perguntado pelo bahia.ba se não é contestável a política do “toma-lá-dá-cá” que impera em Brasília, Daniel afirmou que a prática não é inerente apenas à gestão liderada pelo PT. “Todos os governos montam a sua equipe levando em conta aspectos técnicos e a base politica que o apoiou. O PMDB era da base, mas, ao se afastar, o governo tem que buscar a sua governabilidade pactuando politicamente, em torno de uma agenda, claro, mas pactuando politicamente. Aqueles que querem sair têm que abrir espaço e o governo buscar outros parceiros para governar e fazer a sustentação política”, declarou.

No entendimento do dirigente do PCdoB, o país precisa “virar a página” para “começar a pensar” no pós-impeachment e definir “qual é a agenda do Brasil para gerar empregos e a economia”.

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