Publicado em 20/03/2019 às 21h40.

Inclusão de restruturação da carreira militar no projeto da Previdência irritou parlamentares

Para líder do partido de Bolsonaro, proposta vem em 'momento difícil' e pode influenciar outras carreiras

Redação
Foto: J. Batista/Câmara dos Deputados
Foto: J. Batista/Câmara dos Deputados

 

A inclusão da proposta de reestruturação de carreira dos militares dentro do pacote da reforma da Previdência deixou líderes partidários da Câmara irritados. O projeto foi apresentado à Casa nesta quarta-feira (20).

Delegado Waldir (PSL-GO), que representa o partido do próprio presidente Jair Bolsonaro, disse que a proposta pode abre precedente para inclusão de outras carreiras, diminuindo o impacto fiscal das propostas de mudança nas regras da aposentadoria.

“Nós estaremos analisando, sabemos que vem uma reestruturação de cargos que traz gastos públicos, a liderança vai ver se existe equidade com as demais carreiras policiais e aí dialogar”, afirmou Waldir.

Segundo a Folha, o parlamentar também declarou que é preciso analisar se “todos estão sendo penalizados, ou se uma ou outra categoria está sendo beneficiada de forma diferente”.

A reestruturação das Forças Armadas representa uma despesa adicional de R$ 86,85 bilhões em dez anos, reduzindo a economia com a mudança nas regras de aposentadoria para R$ 10,45 bilhões no mesmo período.

A fala do parlamentar denota que o governo pode ter problemas à vista: a bancada de seu partido é composta em grande parte por deputados de carreiras da segurança pública, que podem pleitear mudanças em sua estrutura de carreira. Irritando seus próprios deputados, o governo torna mais difícil uma articulação que já é vista como deficiente no Congresso.

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