Publicado em 10/05/2016 às 02h01.

Maranhão revoga decisão de anular sessão do impeachment na Câmara

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi informado do recuo do presidente interino da Câmara por meio de um comunicado com quatro linhas

Redação
Foto: Agência Senado
Foto: Agência Senado

 

Após grande repercussão e ameaça de expulsão do PP, o presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), decidiu revogar, na noite de segunda-feira (9), a sua própria decisão de anular a votação na Casa que autorizou o processo do impeachment da presidente Dilma Rousseff, no dia 17 de abril.

O parlamentar já informou a sua decisão ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), em uma justificativa de quatro linhas. “Revogo a decisão por mim proferida em 9 de maio de 2016 por meio da qual foram anuladas as sessões do plenário da Câmara dos Deputados ocorridas dias 15, 16 e 17 de abril de 2016, nas quais se deliberou sobre a Denúncia por Crime de Responsabilidade n.1/2015”, diz o texto do ofício assinado por Maranhão.

Reprodução (Foto: Portal G1)
Reprodução (Foto: Portal G1)

 

Segundo o Jornal Folha de São Paulo, o recuo do presidente interino da Câmara aconteceu após a ameaça que sofreu de expulsão do PP, legenda que preside no estado do Maranhão, e devido à iniciativa anunciada pelos deputados pró-impeachment de realizar sessão na Casa, à sua revelia, nesta terça-feira (10), para revogar o ato.

Com a decisão, cai por terra as chances que o governo Dilma visualizou para tentar no Supremo Tribunal Federal (STF) fazer valer a anulação da votação, ignorada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, que manteve o rito do processo de impeachment na Comissão Especial do Senado.

Ao justificar a decisão de tentar anular a sessão da Câmara do dia 17 de abril, Maranhão disse na tarde desta segunda-feira, em coletiva à imprensa, que o objetivo era “salvar a democracia”. Sua declaração rebateu a de Calheiros que, no Senado, durante explanação, disse que a determinação de Maranhão era uma “brincadeira com a democracia”.

Reprodução (Foto Portal G1)
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