Publicado em 02/01/2017 às 11h49.

Moisés admite voto em Prates e protesta: ‘Fui desprestigiado pelo PT’

Vereador se comparou a Zezéu Ribeiro, por ter obtido três mandatos consecutivos na Câmara, e reclamou do partido por não ter sido consultado

Evilasio Junior
Foto: J. Pereira/ Ag. Haack/ bahia.ba
Foto: J. Pereira/ Ag. Haack/ bahia.ba

 

O vereador Moisés Rocha (PT) admitiu, em entrevista ao bahia.ba, ter votado em Leo Prates para presidente da Câmara de Salvador, embora o seu partido tivesse Marta Rodrigues como candidata na disputa.

De acordo com o petista, o voto em branco registrado no pleito, não partiu nem dele nem do seu correligionário Luiz Carlos Suíca. “Nós votamos em Leo Prates sem ter feito uma negociação sequer. Votamos sem pedir nada”, argumentou Rocha, apesar de Suíca ter sido escolhido ouvidor da Casa na mesma chapa.

Sobre o posicionamento contrário do seu partido, o argumento do vereador, que se compara a uma das figuras históricas da sigla, é de que não foi dada a ele a devida importância.

“Eu quero dizer que, nesse momento, a única palavra que eu posso expressar para poder traduzir o sentimento é ‘desprestigiado’. Primeiro porque nós temos um mandato do Partido dos Trabalhadores, sabemos disso, mas que nós estamos renovando pela terceira vez. Só quem conseguiu três mandatos consecutivos para essa Casa Legislativa pelo nosso partido foi o grande Zezéu Ribeiro. Portanto, acredito que deveria e poderia ter sido consultado se queria colocar meu nome também para fazer a disputa para presidência da Casa, assim como Suíca poderia ser consultado. Nós nem sequer fomos consultados. O segundo desprestígio foi que, quando decidiram que ia ter uma candidatura de um nome também não nos avisaram. E o terceiro e último desprestígio é que também não pediram voto para a gente. Nem o partido nem a candidata”, criticou.

Moisés Rocha também diz não temer qualquer iniciativa do PT para puni-lo por indisciplina ou até mesmo infidelidade partidária: “[Votar em Prates] Não fere a nossa convicção ideológica, nem cometi nada de ilícito”.

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