Publicado em 29/04/2016 às 16h09.

Moro aceita denúncias do MPF e João Santana vira réu na Lava Jato

Mônica Moura, mulher do marqueteiro, também passa a ré no processo; Marcelo Odebrecht foi denunciado na mesma ação

Redação
santana
Santana: de investigado a réu, na Operação Lava Jato (Foto: Folha / Uol)

 

O jornalista e publicitário João Santana, também conhecido como “Patinhas”, e a mulher dele, a jornalista Mônica Moura, trocaram o status de investigados para réus na Operação Lava Jato, nesta sexta-feira (29). Com base em investigações da 23ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Acarajé, o juiz federal Sérgio Moro aceitou duas denúncias contra o casal. Além de Santana e da mulher, também virou réu na mesma ação o ex-presidente do Grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, entre outras pessoas.

Entre os ilícitos que emergiram das investigações da chamada Operação Acarajé, estão indícios de que Santana e a mulher dele, Mônica Moura, teriam recebido dinheiro proveniente do esquema de corrupção na Petrobras. Ao todo, o casal teria embolsado, pelo menos, US$ 3 milhões de offshores ligadas à Odebrecht, entre 2012 e 2013, e US$ 4,5 milhões do engenheiro Zwi Skornicki, entre 2013 e 2014.  Zwi representa no Brasil o estaleiro Keppel Fels e, segundo o Ministério Público Federal, seria um dos operadores do esquema criminoso na estatal.

Foi também nessa fase da Lava Jato que a Polícia Federal encontrou evidências de que a Odebrecht possuía um departamento responsável por fazer pagamentos injustificáveis a servidores públicos.

Odebrecht – Com este, já são três os processos associados à Lava Jato que Marcelo Odebrecht responde na primeira instância. Ele já foi condenado a 19 anos e quatro meses em uma das ações e recorre junto ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4). O outro processo está em fase de indicação das testemunhas. Já João Santana passa a responder aos primeiros processos na primeira instância.

 

Confira outros réus dessa ação:
1) Zwi Skornicki – operador: organização criminosa, corrupção ativa, lavagem de dinheiro.
2) João Santana – marqueteiro: corrupção passiva, lavagem de dinheiro.
3) Mônica Moura – mulher de Santana: corrupção passiva, lavagem de dinheiro.
4) João Ferraz – ex-diretor da Sete Brasil: organização criminosa, corrupção passiva.
5) Pedro Barusco – ex-gerente da Petrobras: corrupção passiva, lavagem de dinheiro.
6) Renato Duque – ex-diretor da Petrobras: corrupção passiva.
7) João Vaccari Neto – ex-tesoureiro do PT: corrupção passiva, lavagem de dinheiro.
8) Eduardo Musa – ex-gerente da Petrobras: organização criminosa, corrupção passiva.

Com informações do G1

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.