Publicado em 04/01/2017 às 19h40.

MP pede fim de contrato com empresas que administram presídios no AM

Ministério Público de Contas aponta indícios de superfaturamento, mau uso do dinheiro público, conflito de interesses empresariais e ineficácia da gestão

Redação
Foto: Divulgação/ Seap-AM
Foto: Divulgação/ Seap-AM

 

Após as recentes rebeliões em unidades prisionais no Amazonas, o Ministério Público de Contas do Estado pediu a rescisão dos contratos com duas empresas que administram seis presídios, de acordo com informações do G1.

Em documento protocolado no Tribunal de Contas do Estado (TCE), o MP sustenta a existência de indícios de irregularidades, como superfaturamento, mau uso do dinheiro público, conflito de interesses empresariais e ineficácia da gestão.

Segundo o Ministério Público de Contas, as administradoras das unidades recebem valores muito elevados por presos e há suspeitas de que o montante não foi investido em infraestrutura e apoio aos detentos.

Além disso, o órgão aponta doações das empresas a candidatos nas eleições. Responsável pelo Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), onde 56 presos foram mortos entre domingo (1º) e segunda-feira (2), a Umanizzare Gestão Empresarial é a empresa que mais recebeu recursos estaduais em 2015, conforme o MP.

Em nota, o governo do Amazonas informou que a companhia foi contratada para a co-gestão de seis unidades prisionais por meio de licitação pública. O governo disse ainda que não comentaria o pedido do MP por não ter sido notificado oficialmente.

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