Publicado em 16/09/2016 às 13h22.

‘Não comento mensagens de terceiros’, diz Geddel sobre ‘boca de jacaré’

Ministro disse que vazamento de conversas sobre ele entre o empresário Lúcio Funaro e o ex-vice-presidente da Caixa, Fábio Cleto, não poderá fragilizá-lo

Rodrigo Aguiar
Foto: Rodrigo Aguiar/ bahia.ba
Foto: Rodrigo Aguiar/ bahia.ba

 

O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, se esquivou de comentar o vazamento de mensagens trocadas sobre ele entre o empresário Lúcio Funaro, preso pela Lava Jato, e o ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Fábio Cleto, hoje delator da operação.

Em entrevista coletiva após a solenidade de assinatura de contratos do BRT entre a Caixa Econômica e a Prefeitura de Salvador, nesta sexta-feira (16), no Palácio Thomé de Souza, o peemedebista minimizou o caso, em que supostamente faria pressão sobre uma operação de R$ 330 milhões do fundo de investimento do FGTS para o grupo J. Malucelli, em 2012, e disse que o episódio não fragiliza a sua permanência no Palácio do Planalto. Ele foi vice-presidente da Caixa entre 2011 e 2013.

“Que mensagem? Que mensagem? Não, em absoluto. Mensagens de terceiros eu não comento, meu querido. Conversas de terceiros, se forem eventualmente ouvidas… O que eu posso dizer sobre você, em determinada conversa particular, isso não vai, em nenhum momento, comprometer a sua permanência no trabalho”, respondeu o peemedebista, ao ser interpelado pelo bahia.ba.

Segundo o relatório da Polícia Federal, Geddel demonstrava “preocupação exacerbada” sobre o aporte financeiro, desde a primeira parcela, de R$ 30,6 milhões. Nas conversas interceptadas, Cleto reclamava ter recebido “umas 30” ligações do baiano, que estaria “louco atrás” do negócio. Ele ainda foi chamado de “boca de jacaré para receber e carneirinho para trabalhar” por Funaro, que, à época, recomendou ao então gestor da Caixa: “Segura essa m… Ele quer f… tudo que não participa. É um porco”.

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