Publicado em 21/11/2017 às 10h19.

‘Não faz nenhum sentido tentar impedir um evento desse’, diz Rui

Desembargador Baltazar Miranda suspendeu contrato da Secretaria da Educação (SEC) para o 5º Encontro Estudantil; governador ainda falou de empréstimo e Transpetro

Evilasio Junior
Foto: Alexandre Galvão/ bahia.ba
Foto: Alexandre Galvão/ bahia.ba

 

O governador Rui Costa (PT) disse que o Estado não foi notificado sobre a decisão do desembargador do Tribunal de Justiça da Bahia, Baltazar Miranda, que suspendeu um contrato da Secretaria da Educação do Estado (SEC) para realização do 5º Encontro Estudantil da Rede Estadual.

Presente à abertura do evento, nesta terça-feira (21), na Arena Fonte Nova, o chefe do Executivo baiano afirmou que a determinação do magistrado, que validou a contestação da empresa Light Produções e Eventos LTDA, substituída pela Pauviola Cultural e Entretenimento após vencer a licitação, são “detalhes da burocracia”.

“Eu nem vi a decisão judicial, não fomos notificados disso, graças a Deus, porque não faz nenhum sentido tentar impedir um encontro desse. São 3.240 jovens que sonham em ver apresentar a sua arte, a sua criação tecnológica, para o estado inteiro e para a imprensa. Você imagine frustrar o sonho desses jovens por causa de detalhes da burocracia, que têm que ser avaliados, mas não caberia suspender o evento dessa magnitude”, opinou Rui, ao ser indagado pelo bahia.ba.

O governador também não soube dar detalhes sobre a dispensa de concorrência pública para a contratação da Food’s Team Restaurante LTDA, companhia ligada à Odebrecht, por R$ 454,88 mil, para o fornecimento de alimentação aos alunos participantes do evento. “Eu não cuido desse processo. Aí, tem que perguntar às pessoas que acompanharam os detalhes da escolha. O governador cuida de muita coisa, mas não consegue acompanhar todos os detalhes”, ponderou.

Empréstimo – Em relação ao imbróglio sobre o empréstimo de R$ 600 milhões, junto ao Banco do Brasil, Rui Costa insistiu na tese de que aliados do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), se articularam em Brasília para barrar a cessão do recurso e disse esperar que, ainda esta semana, a Justiça dê ganho de causa ao Palácio de Ondina. Segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a verba ainda não foi liberada por “questões técnicas“, o que é negado pela Sefaz baiana.

“Está mais do que comprovado. Está clara a perseguição política e isso é ilegal, é inconstitucional. […] Um banco de tradição centenária está de joelhos perante a mesquinharia da política, e eu espero que a Justiça se pronuncie sobre isso”, apostou.

Operação na Transpetro – Sobre a prisão preventiva do ex-gerente da Transpetro em Camaçari, José Antonio de Jesus, acusado de cobrar propina para o PT, conforme as investigações das operações Sothis e Lava Jato, o governador disse desconhecer o correligionário: “Não sei nem quem é, nem conheço a pessoa”.

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