Neto diz que SSP tenta ‘ludibriar a verdade para justificar ilegalidade’

O prefeito ACM Neto voltou a falar sobre a denúncia de que a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) investiga de forma irregular obras na Barra.

Na tarde desta sexta-feira (02), Neto acusou a SSP de tentar “ludibriar a verdade para justificar a ilegalidade” utilizando um ofício onde não consta qualquer autorização do Ministério Público Federal (MPF) para que fosse aberto um procedimento investigatório pela Polícia Civil

“A Prefeitura não vai mais prestar qualquer esclarecimento à Polícia Civil da Bahia sobre esse assunto, porque a delegada não tem competência para fazer essa investigação. A competência, conforme já determinou a Justiça Federal, é da Polícia Federal. Esse documento que o governo, através da Secretaria de Segurança, encaminhou à imprensa não está acima de uma decisão da Justiça Federal e muito menos significa uma autorização para a abertura de um inquérito pela Polícia Civil”, disse ACM Neto.

“Esse documento enviado à imprensa pela Secretaria de Segurança Pública apenas esclarece que o Ministério Público Federal, em fevereiro de 2017, havia remetido para o Ministério Público Estadual um procedimento mais antigo (instaurado em 2016) que é, inclusive, anterior à delação que consta no processo da Justiça Federal, no qual o diretor da Odebretch André Vital isenta a Prefeitura de qualquer desvio ou corrupção”, acrescentou o prefeito.

ACM Neto pontuou também que, “mesmo no procedimento investigatório ilegal da Polícia Civil”, o delator André Vital isentou a Prefeitura de qualquer desvio ou corrupção.

“Eles criaram uma polícia política para ver se, numa investigação totalmente ilegal, conseguiriam envolver a Prefeitura em escândalo de corrupção. Mas o tiro saiu pela culatra. Quem tem que explicar corrupção e propina é o senhor governador”, concluiu.

Em tempo:

Em nota, a SSP informou nesta sexta que o Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) seguirá com as investigações que apuram indícios de práticas criminosas na licitação das obras de revitalização da Barra.

A Secretaria de Segurança Pública ainda apresentou um documento do Ministério Público Federal declinando da competência de investigação e repassando o caso para o Ministério Público Estadual.

Confira: