Publicado em 26/07/2017 às 11h21.

Neto nega acerto com Alckmin e não descarta ampliar agenda no interior

Prefeito disse que jantar com governador de São Paulo “não tratou de aliança eleitoral” e admitiu aceitar convites para visitar cidades “desde que não atrapalhe o trabalho em Salvador”

Evilasio Junior
Foto: Rodrigo Daniel Silva/ bahia.ba
Foto: Rodrigo Daniel Silva/ bahia.ba

 

O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM) negou, nesta quarta-feira (26), que o seu partido tenha fechado acordo com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), para apoiar o nome do tucano na corrida presidencial do próximo ano.

O democrata participou de um jantar com o aliado, na noite de segunda-feira (24), na capital paulista, e assegura que “não houve nenhum tipo de discussão sobre aliança em 2018”.

“O Democratas é parceiro histórico do PSDB, temos uma excelente relação com o partido. Não descartamos a possibilidade de construirmos um projeto juntos para o ano que vem. Geraldo Alckmin é um cara que merece todo o nosso respeito, seja como líder político, como homem público, como grande governador, ou mesmo como parceiro do Democratas. Sempre foi correto com o Democratas em São Paulo, ajudando o partido a crescer, mas, objetivamente, nós não tratamos sobre aliança eleitoral para o próximo ano. Tratamos de conjuntura política, de cenários para 2018, mas não tratamos de aliança eleitoral”, afirmou, em entrevista ao bahia.ba, durante a entrega de unidades do programa Minha Casa, Minha Vida, no Conjunto Residencial Recanto do Luar, em Cajazeira 6.

Pré-candidato ao Palácio de Ondina, o gestor soteropolitano confirmou ter aceitado o convite para ir a eventos nas cidades de Cruz das Almas e Jacobina e não descartou intensificar a agenda no interior do estado.

“Quando houver convite que eu possa cumprir, sem que isso prejudique a minha agenda de trabalho em Salvador eu poderei estar presente. Eu conheço a Bahia quase toda. Antes de ser prefeito eu fui deputado por três mandatos consecutivos. Nesse período, construí várias amizades em todo o estado. Sou uma liderança do Democratas e, desde que não atrapalhe o meu trabalho em Salvador, nada me impede de eu estar visitando o interior. Claro que pode ser que, nos finais de semana, eu dedique um tempo para isso, desde que haja convite e de que seja relevante eventualmente a minha presença, como é, no caso agora, em Cruz das Almas e Jacobina”, argumentou.

Neto nega, no entanto, que a corrida por outros municípios da Bahia seja uma disputa de territórios com o governador Rui Costa (PT).

“Meu papel é completamente diferente do governador. Ele tem a obrigação e o dever, como governador da Bahia, de estar no interior. A minha principal obrigação hoje é ser prefeito de Salvador, é estar na capital, para cuidar das questões da cidade. Agora, isso não impede que, uma vez convidado, como fui, eu aceitasse o convite”, disse.

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