Publicado em 13/09/2017 às 07h27. Atualizado em 13/09/2017 às 11h33.

Nilo é suspeito de falsidade eleitoral por meio da Babesp

A Polícia Federal cumpre na manhã desta quarta-feira (13) sete mandados de busca e apreensão, no âmbito da Operação Opinião. Entre os alvos, está o ex-presidente da Assembleia Legislativa da Bahia

Rodrigo Aguiar
carro pf casa nilo foto joao brandao bahiaba
Foto: João Brandão / bahia.ba

 

A Polícia Federal cumpre na manhã desta quarta-feira (13) sete mandados de busca e apreensão, no âmbito da Operação Opinião. Entre os alvos, está o ex-presidente da Assembleia Legislativa da Bahia Marcelo Nilo (PSL).

A ação investiga se foi cometido o crime de falsidade eleitoral, com o envolvimento da empresa Bahia Pesquisa e Estatística (Babesp), conhecido no meio político como “DataNilo”.

Conforme as investigações, há indícios de que Nilo “seria o controlador de fato da Babesp e que utilizaria a referida pessoa jurídica para contabilização fraudulenta de recursos utilizados de maneira ilegal em campanhas políticas”, ou seja, caixa 2. O deputado teria prestado informações falsas à Justiça Eleitoral.

Há suspeita de manipulação do resultado das pesquisas eleitorais divulgadas pela Babesp.

Os alvos da operação foram os endereços residenciais e profissionais do parlamentar, de seu genro Marcelo Dantas Veiga, do sócio da Babesp Roberto Pereira Matos; e a sede da empresa Leiaute Comunicação.

A operação visa apreender documentos, papéis, registros e dados arquivados em equipamentos de informática que possam contribuir com as investigações.

Foi cumprido mandado de busca e apreensão na Embasa, onde o genro de Nilo exerce o cargo de diretor de Gestão Corporativa. A PF esteve ainda na Secretaria da Fazenda (Sefaz), à qual está ligado o servidor público Roberto Matos, de acordo com a coluna Satélite, do Correio.

Por meio de nota, a Sefaz informou que, por volta das 6h10, a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na sede da pasta “tendo como alvo um técnico administrativo do quadro efetivo da secretaria”.

“O servidor é lotado na área administrativa e não exerce nenhum cargo de confiança, direção ou assessoramento na Secretaria. A orientação da Sefaz-Ba é a de colaborar com as investigações, acompanhar os seus desdobramentos e, caso necessário, tomar as providências cabíveis”, afirmou a pasta.

Os mandados foram expedidos pelo Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), com base em representação formulada pela Procuradoria Regional Eleitoral na Bahia (PRE-BA).

A PF deixou o Villaggio Panamby, onde mora o deputado, às 7h35.

 

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.