Publicado em 07/02/2017 às 17h20.

Prates promete diminuição de cargos e concurso público

Presidente da Câmara admite “desproporção” entre servidores comissionados e efetivos e diz que Casa funciona atualmente “praticamente” com funcionários de confiança

Evilasio Junior

Foto: Jefferson Peixoto/ Ag. Haack/ bahia.ba

Às vésperas da votação do projeto que regulamenta as contratações via Regime Especial de Direito Administrativo (Reda) na prefeitura, o presidente da Câmara de Salvador, Leo Prates (DEM), admite que terá que fazer seleção pública para contratação de funcionários para a Casa.

Em entrevista ao bahia.ba, nesta terça-feira (7), o vereador admitiu que há atualmente uma “desproporção” entre o número de servidores comissionados e efetivos e disse que o Legislativo funciona hoje “praticamente” em função dos ocupantes de cargos de confiança.

“A nossa expectativa é de que haja um equilíbrio. Nós temos um problema na proporção entre comissionados e efetivos e o nosso foco agora é equilibrar essa distorção. Lembrando que nós temos um problema porque, se a gente corta muitos cargos comissionados, a gente pode surtir o efeito contrário, de a Câmara paralisar. Então, a única saída que nós temos dentro dessa equação complexa que nós estamos vivendo na Câmara é a realização do concurso público”, reconheceu o democrata.

Com o déficit de pessoal concursado, Prates prometeu cortar mais quatro postos de indicação na Mesa Diretora e no Gabinete da Presidência e diminuir o número de auxiliares dos vereadores. “Estamos reduzindo também o limite mínimo de contratação de assessores para estimular que o próprio vereador contrate menos assessores. Então, o limite mínimo é de 10 assessores por gabinete e nós estamos reduzindo para oito assessores por gabinete”, afirmou.

De acordo com o presidente, outro agravante são os 39 processos de aposentadoria previstos para serem concluídos este ano.