Publicado em 27/09/2017 às 12h00.

Prefeitura renova projeto engavetado por JH para Cidade Baixa

Na gestão anterior, plano foi encaminhado pela Fundação Baía Viva, ligada ao empresário do mercado imobiliário Carlos Suarez

João Brandão
Foto: Brasil Arquitetura/Divulgação
Foto: Brasil Arquitetura/Divulgação

 

A Fundação Mário Leal Ferreira, da prefeitura de Salvador, publicou o resultado da habilitação para licitação sobre a contratação de serviços técnicos de arquitetura e urbanismo para a elaboração de projeto urbanístico conceitual do Comércio/Cidade Baixa, conforme publicação no Diário Oficial do Município desta quarta-feira (27).

A proposta é parecida com o projeto “Nova Cidade Baixa”, plano para revitalização urbana da área, assinado em 2010 pelo escritório paulista Brasil Arquitetura, que contou com o apoio de arquitetos locais da A&P Arquitetura e Urbanismo, uma das duas empresas classificadas no processo atual.

Além da A&P – responsável também pelo projeto municipal da orla do Subúrbio (trecho Plataforma/Itacaranha) –, a G. Arquitetura e Urbanismo também foi habilitada, enquanto a LCN Arquitetura foi reprovada.

A comissão de licitação da prefeitura vai convocar uma nova sessão pública para convocar a quarta colocada na seleção, em prazo não estipulado.

Na gestão de João Henrique Carneiro, hoje no PR, o “Nova Cidade Baixa” foi alvo de polêmica, pois não tinha sido encomendado pelo poder público soteropolitano.

À época, integrantes da Brasil Arquitetura afirmaram ao portal UOL que o projeto foi encaminhado pela Fundação Baía Viva, ligada ao empresário do mercado imobiliário Carlos Seabra Suarez. O fato levantou a suspeita de que por trás da doação estariam interesses econômicos.

Foto: Gabriel Lima/Agecom
Foto: Gabriel Lima/Agecom

 

Parceria com prefeitura – A Baía Viva, inclusive, mantém uma parceria com o Executivo municipal. Ao bahia.ba, em janeiro de 2016, o então secretário municipal de Urbanismo, Silvio Pinheiro, hoje presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), afirmou que “é um convênio do tipo ganha-ganha”.

Pelo acerto, o Município desapropriaria áreas para a construção de um estaleiro e um centro receptivo para turistas, regulamentaria o uso de novos píeres na Ilha de Bom Jesus dos Passos, mediante promoção das localidades como destino turístico, e sancionaria uma lei de 2012, relativa às regras de uso e ocupação das Áreas de Proteção Cultural e Paisagística das ilhas dos Frades (de Nossa Senhora de Guadalupe e de Nossa Senhora do Loreto) e Bom Jesus dos Passos.

Em troca, a fundação faria investimentos na região, como obras de requalificação urbana, requalificação de postos de saúde e policiais e construção de quadras poliesportivas, entre outras ações.

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