Publicado em 28/03/2017 às 13h36.

Rui diz que só febre das filhas tira sono, sobre disputa com Neto em 2018

Governador afirmou ainda que não faria “pré-julgamento” sobre suposta delação contra prefeito e atribuiu vaias sofridas por aliados a “aviso do povo”

Evilasio Junior
Foto: Mateus Pereira/GOVBA
Foto: Mateus Pereira/GOVBA

 

O governador Rui Costa disse que não iria “escolher adversários”, ao comentar a possibilidade admitida pelo atual prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), de disputar a eleição estadual de 2018.

Em entrevista coletiva nesta terça-feira (28), após o lançamento do programa Primeiro Emprego, no Palácio Rio Branco, o petista disse que “quem fica fazendo essa conta já está derrotado de antemão”. “Para mim pode ser qualquer um. A única coisa que me tira sono é quando as minhas duas filhas estão com febre”, afirmou, ao revelar ter perdido a última noite em função da doença de uma das meninas, mas dizer que tem “dormido bem”: “Nós temos que trabalhar e, no momento certo, o povo vai analisar”.

Sobre a suposta citação do democrata em delações de executivos da construtora Odebrecht, o chefe do Executivo estadual afirmou que não iria “fazer pré-julgamento” e voltou a criticar os membros da força-tarefa da Operação Lava Jato. “Transformaram o nosso país em um espetáculo de mau gosto que está afundando o nosso país”, disse, ao fazer analogia com o “cachorro com pulga” e a “vaquinha com carrapato”: “em vez de matar a pulga e o carrapato, matam o cachorro e a vaca. Estão matando o país para resolver o problema”.

Vaias – Sobre as vaias recebidas por deputados que apoiam tanto o seu governo quanto o do presidente Michel Temer (PMDB), em eventos recentes, Rui atribuiu os episódios a “avisos do povo” e disse já ter alertado os aliados de que as manifestações “serão ainda mais constantes daqui para a frente”.

“Eu acho que é importante que todos estejam sintonizados com a indignação da população. O povo está sofrendo. […] O povo está perdendo a paciência e quer que as coisas se resolvam”, ponderou, após questionamento do bahia.ba, ao citar, entre os fatores, a queda do Produto Interno Bruto (PIB), o aumento do desemprego, cortes no Bolsa Família, o projeto da terceirização e as reformas trabalhista e da Previdência.

Entre os parlamentares alvos de “apupos” da plateia em inaugurações do Estado estavam os federais João Carlos Bacelar (PR) e Mário Negromonte Júnior (PP), integrante do partido presidido pelo vice-governador João Leão e filho do conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios, Mário Negromonte.

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