Publicado em 26/03/2018 às 11h17.

Se a Fafen fechar, a Bahia dá mais um passo atrás na cadeia do petróleo

"É uma cadeia que começa na indústria e vai bater no agronegócio lá no oeste baiana, principalmente", diz o deputado Rosemberg Pinto

Levi Vasconcelos

Frase da vez

“No fim dá tudo certo. Se ainda não deu certo, é porque não chegou ao fim”

Fernando Sabino, escritor brasileiro (1923-2004).

Foto: Ascom
Foto: Ascom

A Bahia sempre esteve na ponta de tudo que o diz respeito a petróleo no Brasil, da exploração ao refino, mais a produção de outros derivados, além do transporte. Mas no embalo dos novos tempos da administração da Petrobras sofre a ameaça de mais inquietação política (apartidária) e empresarial. É o anúncio do fechamento da Fafen, a antiga Nitrotrofertil.

A Petrobras argumenta que a Fafen não é lucrativa, mas o deputado Rosemberg Pinto (PT), que é aposentado da Petrobras, diz que não é bem assim, A empresa fornece uréia para outras empresas do Polo de Camaçari como a Basf, e também a White Martins, e embora só represente 30% da produção nacional, serve como reguladora de preços.

— É uma cadeia que começa na indústria e vai bater no agronegócio lá no oeste baiana, principalmente. Com certeza a Fieb vai gritar, porque as indústrias aqui instalada vão ser obrigadas a importar o que tem em mãos.

Em Camaçari

O prefeito de Camaçari, Antonio Elinaldo (DEM), ainda cita outro grande problema que vai custar caro, a supressão de mais de 600 empregos entre diretos e indiretos.

Seja como for, o fato é que a Petrobras já abdicou de fazer a exploração terrestre de petróleo na Bahia, a Refinaria Landulpho trabalha com a metade da capacidade, já fala em privatizar o transporte (vender a Transpetro e dutos e terminais de Madre de Deus),. Estamos involuindo.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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