Publicado em 06/03/2017 às 18h31.

‘Secretário de Saúde não sabe ouvir’, diz vereador após ser barrado em reunião

O edil Cezar Leite (PSDB) afirma que foi impedido de participar de discussão sobre o fechamento de hospitais psiquiátricos no estado

Fernanda Lima
Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ bahia.ba
Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ bahia.ba

 

O vereador e representante baiano da Ordem dos Médicos do Brasil (OMB), Cezar Leite (PSDB), foi impedido, na tarde desta segunda-feira (6), de participar de uma reunião na Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) para discutir o fechamento de hospitais psiquiátricos no estado.

O tucano, que estava acompanhado de representantes do Sindicato dos Médicos da Bahia e familiares de pessoas que estão internadas para tratamento, falou ao bahia.ba que ocorreu “aquela coisa de empurra de um lado, fala de outro, manda você falar com outra pessoa, e te deixam de lado”.

“Pedimos para participar da reunião. Não só eu, a associação psiquiátrica, famílias, essa coisa toda, mas nossa entrada não foi permitida. A gente via o pessoal de Fábio Vilas-Boas (secretário estadual de Saúde), de outros grupos, mas nós não éramos permitidos”, queixou-se.

Ainda segundo o vereador, ocorre uma “falta de entendimento por parte da Sesab”. “A pessoa vinculada à ala de esquerda acredita que queremos manicômios à moda antiga, com pessoas tomando choque… não! Eles querem acabar com hospitais especializados em psiquiatria para transformar em leitos de hospitais gerais. O que a gente luta é para que os hospitais especializados não sejam fechados”, defendeu.

Para Leite, o titular da Sesab “não sabe escutar”. “O secretário tem dificuldade de ouvir as pessoas. Principalmente familiares e profissionais”, afirma. O tucano disse ainda que pretende se articular com os aliados para atuar de forma mais intensa, em resposta à movimentação da Sesab. “Já levei esse problema ao Ministério da Saúde, conversei com o secretário. Eles estão preocupados também”, concluiu Leite, que não soube informar o desfecho do episódio.

A assessoria da Sesab ainda não se pronunciou sobre o caso.

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