Publicado em 12/11/2018 às 14h56.

STJ manda soltar Joesley Batista e três funcionários da JBS

Habeas corpus foi concedido na tarde desta segunda (12) pelo ministro Néfi Cordeiro; todos foram presos na semana passada, na Operação Capitu

Redação
Foto: Globo News
Foto: reprodução/Globo News

 

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu soltar os colaboradores Joesley Batista, Ricardo Saud, Florisvaldo Oliveira e Demilton Castro, ligados ao Grupo J&F, todos presos na semana passada, durante a Operação Capitu, da Polícia Federal.

Segundo informações do site da Veja, o habeas corpus foi concedido pelo ministro Néfi Cordeiro. A determinação atende a pedido da defesa.

Inquérito da PF instaurado em maio deste ano apura supostos pagamentos de propina a servidores públicos e agentes políticos que atuavam direta ou indiretamente no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A investigação é baseada em declarações do operador Lúcio Bolonha Funaro.

Segundo o delator, a JBS teria repassado R$ 7 milhões para o grupo político do PMDB da Câmara. Desse valor, o então ministro da Agricultura e atual vice-governador de Minas Gerais, Antônio Andadre, teria recebido R$ 3 milhões da propina paga pela empresa de Josley Batista e outros R$ 1,5 milhão teriam sido enviados ao ex-deputado Eduardo Cunha.

Investigadores também diz terem identificado que o grupo empresarial dependia de normatizações e licenciamentos do MAPA e teria passado a pagar propina a funcionários do alto escalão do Ministério em troca de atos de ofício, que proporcionariam ao grupo a eliminação da concorrência e de entraves à atividade econômica, possibilitando a constituição de um monopólio de mercado. As propinas eram negociadas, geralmente, com um deputado federal e entregues aos agentes políticos e servidores do ministério por Funaro.

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