Publicado em 15/02/2018 às 11h58.

Vereadora sugere que prefeitura e governo descumpriram Lei Antibaixaria

Lorena Brandão diz que músicas como “Popa da Bunda”, de Márcio Victor; “Santinha”, de Léo Santana; “Vai Malandra”, de Anitta, expõem “a mulher a uma situação vexatória”

Rodrigo Daniel Silva
Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ bahia.ba
Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ bahia.ba

 

A vereadora Lorena Brandão (PSC) sugeriu, em entrevista ao bahia.ba, que a prefeitura de Salvador e o governo da Bahia descumpriram a “lei antibaixaria” no carnaval deste ano, ao contratar artistas como Márcio Victor e Léo Santana.

A legislação de 2012 veta o uso de dinheiro público para contratação de artistas cujas músicas desvalorizam as mulheres.

Na avaliação da legisladora, “Popa da Bunda”, de Márcio Victor; “Santinha”, de Léo Santana; “Vai Malandra”, de Anitta, são composições que expõem “a mulher a uma situação vexatória”.

“A Lei Antibaixaria é, justamente, para a não contratação de artistas que cantem músicas que citem a violência ou que façam apologia ao rebaixamento da figura feminina. Então, é logico que, se a música vem trazer esse cunho, o artista não deve, pela lei, ser contratado. Eu não tenho nada contra o artista, nem contra os compositores, inclusive, o compositor dessa música [Popa da Bunda]. Mas, enfim, o importante é que a lei seja cumprida”, afirmou.

Brandão defendeu, ainda, que as mulheres se conscientizem sobre a importância delas. “Sabe o que penso? Penso, na verdade, que as mulheres devem dar menos ibope. Meu raciocínio é muito mais em defesa da mulher, a exposição que ela passa. Precisamos tratar sobre essas discussões dentro da sala de aula. A bíblia diz que o valor da mulher excede o de finas joias. Não vemos joias jogadas pelas ruas dançando com qualquer coisa. Então, eu trabalharia muito mais pela consciência da mulher, do que por essas coisas como o de proibir”, salientou.

A “lei antibaixaria” surgiu após a música “Me Dá Patinha”, da banda Black Style, fazer sucesso no Carnaval de 2011. A letra da música diz: “Ela é uma cadela / Joga a patinha pra cima / Me dá, sua cachorrinha”.

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