Publicado em 30/10/2018 às 22h00.

Witzel diz que já procura por atiradores para ‘abater’ criminosos

"Eu sempre digo o seguinte: prefiro defender um policial no tribunal do que ir ao funeral dele. Atirou, matou, está correto", disse o governador eleito pelo Partido Social Cristão

Redação
Foto: Tania Rego/ Agência Brasil
Foto: Tania Rego/ Agência Brasil

 

O governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), apoiador do futuro presidente Jair Bolsonaro (PSL), afirmou, em entrevista nesta terça-feira (30), à GloboNews, que já solicitou às tropas de elite das polícias fluminenses um levantamento com o número de snipers  – atiradores especializados – à disposição do estado para trabalhar no “abate de criminosos que estejam portando armas restritas a partir de primeiro de janeiro”.

Ele disse que este número já foi pedido ao Batalhão de Operação Especiais da Polícia Militar (Bope) e à Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil (Core).

Nas palavras de Witzel, “a lei foi feita para ser interpretada e, por isso, o estado vai defender juridicamente os policiais que matarem traficantes com fuzis. Mas, se a Justiça entender que eles devem ser expulsos, eles serão”.

Questionado sobre casos em que pessoas foram mortas por portar furadeiras e até guarda-chuvas, que foram confundidos com armas, Witzel disse: “Em nenhum desses casos os tiros partiram de snipers. Não serão quaisquer policiais orientados a isto e os snipers vão passar por ainda mais treinamentos. Eu sempre digo o seguinte: prefiro defender um policial no tribunal do que ir ao funeral dele. Atirou, matou, está correto”, disse o governador eleito pelo Partido Social Cristão.

Pouco conhecido no Rio de Janeiro até o primeiro turno das eleições, Witzel foi eleito após declarar apoio a Bolsonaro e só começou a aparecer de forma relevante nas pesquisas de intenção de votos no dia anterior ao primeiro turno.

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