Publicado em 29/02/2016 às 12h20.

Hotel Pestana da Bahia fecha as portas nesta segunda

Sessenta funcionários dos 103 que atuavam na unidade do Rio Vermelho foram transferidos e outros 43 demitidos

Redação
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

 

O Hotel Pestana Bahia fecha as portas, nesta segunda-feira (29), e desativa 430 leitos na capital baiana. Em funcionamento, continuará apenas a operação dos chalés do Pestana Lodge, que funcionam como flat. Há uma especulação no trade turístico de que o grupo português já estaria empenhado em um novo projeto para a área, que seria um complexo hoteleiro-imobiliário, com redimensionamento do hotel, que passaria a ofertar somente 250 leitos, além de imóveis residenciais.

O local, referência na paisagem do bairro do Rio Vermelho, fechou devido à queda de mais de 40% na média da ocupação hoteleira em Salvador, fora da alta estação. Na capital baiana, o grupo manterá como hotel apenas o Pestana Convento do Carmo, com 79 leitos no Centro Histórico. Os 60 funcionários dos 103 que atuavam na unidade do Rio Vermelho foram transferidos para a unidade do Santo Antônio e também para o Lodge. Outros 43 foram demitidos, juntamente com os 120 que já haviam sido desligados no ano passado.

Em reportagem do jornal A Tarde, o diretor operacional do Grupo Pestana no Brasil, o carioca Paulo Dias, disse que o fechamento é “apenas uma parada estratégica, diante dos potenciais naturais da cidade e intervenções públicas previstas e outras sugeridas pelo trade que podem fazer com que Salvador volte a ocupar lugar de destaque no turismo de negócios”.

Sem dar mais detalhes sobre o novo projeto, Dias disse que não era possível manter a grande estrutura do hotel e revelou que o novo projeto já deve ser integrado às intervenções realizadas pela prefeitura no bairro. No entanto, empresários do setor informaram que todo o projeto já estaria pronto e aguarda apenas o novo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) para se adequar.

O executivo do grupo viu como prioridade, dentro do conjunto de intervenções, a reativação do Centro de Convenções, a ampliação da mobilidade, segurança e limpeza da cidade, além da requalificação da orla. “Temos hoje, por exemplo, uma ótima procura pelo nosso hotel no Convento do Carmo, sobretudo de turistas estrangeiros que se encantam pelo Centro Histórico, mas que ainda saem reclamando da falta de segurança”, disse.

A reportagem ainda ouviu a diretora institucional da seção baiana da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-BA), Soraia Torres. A gestora lamentou o fechamento do imóvel, no entanto sinalizou que a entidade já atua junto às autoridades sobre como o impacto do fechamento gera em outros setores. “Nossa luta tem sido incessante para que os hotéis de Salvador possam sobreviver após o  período de festas de verão, resgatando sua força em eventos”.

Pelos registros da associação, a capital baiana já chegou a receber, entre o final dos anos 90 até 2012, pelo menos um evento internacional a cada mês.

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