Publicado em 24/08/2017 às 10h32.

‘Isso que aconteceu já estava escrito’, diz sobrevivente

“É a pior lancha que tem, porque ela é pequena. Para você imaginar, quando ela está para sair, ela já fica lá atracada toda torta”, relatou Meire Reis

Evilasio Junior
Foto: Alexandre Galvão/ bahia.ba
Foto: Alexandre Galvão/ bahia.ba

 

Residente na Ilha de Itaparica, mas com a atuação profissional em Salvador, a administradora de condomínios Meire Reis afirmou, em entrevista ao bahia.ba, na manhã desta quinta-feira (24), após ser resgatada da Baía de Todos-os-Santos, que a tragédia com a lancha Cavalo Marinho I era “previsível”.

“É a pior lancha que tem, porque ela é pequena. É uma lancha toda acabada, não tem banco para a gente sentar, não tem lona, não tem nada. É a pior lancha que tem. Para você imaginar, quando ela está para sair, ela já fica lá atracada toda torta. Quando eu cheguei para pegar, que eu pego todo dia a de 6h30, eu não ia pegar porque era ela. Eu não sei porque eu peguei o diacho dessa lancha”, lamentou a sobrevivente.

“Isso que aconteceu já estava escrito, já estava previsto que isso ia acontecer, porque aquela lancha não tinha condição nenhuma. Não só ela, como muitas lanchas que rodam aí não têm condição nenhuma de estar rodando”, apontou.

Meire suspeita que o acidente aconteceu porque o mar “estava muito agitado” e, quando começou a chover, os passageiros correram todos para o mesmo lado, e a embarcação não suportou o peso.

Ela confirmou o relato de outro sobrevivente, Márcio Macedo, de que o socorro demorou a chegar. “Quando a Marinha chegou não tinha mais ninguém dentro d’água”, contou.

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