Publicado em 14/07/2017 às 09h27.

Site oficial de Ederaldo Gentil é lançado nesta sexta

O Acervo Ederaldo Gentil tem pesquisa de Paquito e traz raridades do sofisticado autor de "O Ouro e a Madeira"

James Martins
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

 

O site oficial do sambista Ederaldo Gentil (7 de setembro de 1947 – 30 de março de 2012), uma realização da Maré Produções com apoio da Natura e do Governo da Bahia, já está no ar e traz um importante material do compositor que, ao lado de Batatinha, Riachão, Edil Pacheco, Nelson Rufino e Walmir Lima, entre outros, integra a altíssima nobreza do samba na Bahia.

O site, com texto introdutório do cantor e compositor Paquito, que também assina a pesquisa, reúne os três álbuns lançados pelo autor de “O Ouro e a Madeira”, além de um disco com raridades, produzido especialmente para o Acervo Ederaldo Gentil.

Na intro, Paquito assevera: “‘Não queria ser concerto, apenas a canção’ é um dos versos do samba mais conhecido de Ederaldo Gentil, O ‘Ouro e a madeira’ (…) Aqui, e em suas canções mais significativas, Ederaldo exercita uma espécie de poética da humildade, da pequenez, como um valor para a vida e motor da composição de música popular. Da pequenez viria a plenitude existencial. E a origem do fenômeno da música popular é mesmo o limbo. Do considerado desimportante ou mesmo sujo, o lodo, como conclui o refrão do samba: ‘O ouro afunda no mar / Madeira fica por cima / Ostra nasce do lodo / Gerando pérolas finas”.

Dividido em seis seções (“home”, “identidade”, “apenas a canção”, “impressão digital”, “eu e a viola” e “notícias”) o endereço agrupa ainda reinterpretações de músicas de Gentil, em versões voz e violão, como a de Luisão Pereira, sobrinho do autor e coordenador-geral do projeto, para “Compadre”, e também a de Larissa Luz para a já citada “O Ouro e a Madeira”.

É possível assistir também a uma matéria da década de 1980, da TV Aratu, sobre um show no Circo Troca de Segredos. Além de depoimentos sobre o artista, como o do professor Jaime Sodré, que ressalta a inovação introduzida na “concepção do samba baiano”, por Ederaldo Gentil e outros companheiros de geração, “do ponto de vista do samba poético”. “O poema ser parte integrante do samba, e não apenas a batucada”, diz.

Em uma terra onde a memória nem sempre é o melhor dos atributos, a chegada do sítio é um grande feito. Navegue aqui!

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