Ex-prefeito conta por que Londrina desistiu de BRT e alerta ACM Neto
Cidade paranaense trocou em 2015 projeto por outro mais barato e sustentável
Salvador vive uma grande polêmica desde o anúncio da implantação do BRT (Bus Rapid Transit) pelo prefeito ACM Neto (DEM). Isso porque além de ser um projeto caro, orçado em mais de R$ 800 milhões, cerca de 500 árvores terão que ser derrubadas.
Em 2015, Londrina, segunda maior cidade do Paraná, viveu um drama semelhante. Na época, o então prefeito, Alexandre Kireeff, decidiu cancelar o projeto de BRT para instalar o chamado BHLS (Bus With High Level of Service), já utilizado em alguns países da Europa.
Alexandre contou ao bahia.ba o que o fez pensar em um novo modelo para melhorar a mobilidade de Londrina. Na época, ele contou com o auxílio gratuito da ONG WRI, criada pelo ex-prefeito de Nova York, o bilionário Michael Bloomberg.
Segundo ele, para ser implantado o BRT, Londrina precisaria passar por obras profundas, o que poderia acabar encarecendo o projeto e, consequentemente, ocasionando o aumento da passagem de ônibus.
O BHLS de Londrina deve ficar pronto em 2019, de acordo com o ex-prefeito, mas atualmente já existem algumas vias exclusivas e 200 pontos já foram implantados. Os viadutos previstos inicialmente já estão em fase de licitação.
“O novo sistema também tem vias exclusivas, mas necessita de muito menos investimento e não tem chance de encarecer a tarifa”, explicou. “Os ônibus que já estão circulando são veículos com ar condicionado, automáticos, com motorização traseira, WI-FI, suspensão a ar, ou seja, um veículo muito mais confortável”.
Questionado sobre se tem alguma recomendação ao prefeito ACM Neto, pressionado a repensar o projeto, Alexandre Kireeff sugeriu cautela.
“Ele tem que ser cauteloso, procurar outras alternativas. Evidente que a realidade de Salvador não é a mesma de Londrina, mas essa busca pela otimização no uso de recursos públicos, de mobilidade, pode ser algo a ser considerado. Nós encontramos nesta ONG, uma ajuda muito grande, inclusive de graça. Não houve custo a consultoria”, completou.
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