Publicado em 05/06/2018 às 20h40.

Secretaria aponta redução de 12% na taxa de mortes violentas em 2018

O secretário de Segurança Pública rebateu o Atlas da Violência, pesquisa feita pelo Ipea e divulgada nesta terça-feira (5)

Redação
Foto: Mateus Pereira/GOVBA
Foto: Mateus Pereira/GOVBA

Após a divulgação do Atlas da Violência, que apontou a Bahia como o estado que tem a maior taxa de homicídios, a Secretaria de Segurança Pública do Estado garantiu que, nos cinco primeiros meses deste ano, o índice de mortes violentas recuou 12,6%, em relação ao mesmo período de 2017.

A redução estaria relacionada aos investimentos feitos na contratação de novos policiais, entregas de novas estruturas, uma delas o Centro de Operações e Inteligência. De 2015 para 2016, em Salvador, os crimes contra a vida caíram 3,1% e, no estado, houve um aumento de 12,4%.

Chefe da pasta, Maurício Barbosa criticou o levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e disse que, por mais um ano, foi divulgado um ranking de mortes violentas no Brasil sem levar em consideração que os estados nordestinos figuram sempre como mais violentos, pois contam as ocorrências usando uma metodologia mais fiel à realidade.

O secretário esclarece ainda que a pesquisa do Ipea, quando fala em mortes violentas, coloca no mesmo patamar o assassinato praticado por um criminoso e os casos em que policiais, quando atacados, reagem proporcionalmente em legítima defesa dele e da sociedade.

Na avaliação da SSP, as mortes por arma de fogo, no Brasil, são reflexo da falta de uma política nacional de segurança, com ausência de combate à entrada de armas através das fronteiras. Em 2018 a polícia baiana, nos quatro primeiros meses, chegou a uma média de 22 armas apreendidas por dia.

Com relação à morte de jovens, a SSP defende a maior participação dos municípios, na proposição de ações sociais como o Mais Futuro e o Partiu Estágio, que oferecem novas perspectivas. Sem as criações de oportunidades de emprego como estas, o tráfico acaba cooptando os adolescentes. Os jovens que mais morrem são também os que mais matam.

No que diz respeito à morte de negros, a SSP está analisando os dados do período divulgado, tomando como base a faixa de população negra do estado, de 76%, a maior do país.

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