Publicado em 13/07/2018 às 15h40.

Secretário municipal diz que só negocia com professores após fim da greve

'Esse é um movimento eminentemente partidário', disse o titular da Educação, Bruno Barral

Redação
Foto: Max Haack/ Agecom
Foto: Max Haack/ Agecom

 

O secretário municipal de Educação, Bruno Barral afirmou, em nota enviada à imprensa nesta sexta-feira (13), que só negociará com os professores municipais após o fim da greve, que começou na quarta-feira (11). Levantamento da administração municipal sustenta que 13% das escolas fecharam por conta da paralisação.

“A APLB está adotando todas as táticas possíveis para tentar evitar que a categoria deixe de trabalhar e até mesmo para dar a impressão de que as escolas estão fechadas, o que não é verdade. Esse é um movimento eminentemente partidário, e a prova disso é que a APLB não atua da mesma forma em relação ao governo do estado. Só vamos voltar a negociar com o fim da greve”, disse Barral.

No dia em que a greve foi deflagrada, Barral havia afirmado ao bahia.ba que “as mesas de negociações estão abertas e as conversas estão em andamento”. A declaração desta sexta procede a acusação de que o sindicato estaria retirando alunos de sala à força.

O secretário afirmou que a prefeitura já apresentou proposta de reajuste de 2,5% à categoria, que teria obtido “ganhos reais” desde o início da atual gestão. Em 2013, o percentual de aumento chegou a 7,8%, seguido de 8,3 em 2014, 8% em 2015 e 2,5% em setembro de 2017, ou seja, há menos de um ano. “Em todos os anos da gestão do prefeito ACM Neto, nós tivemos uma proposta na mesa, com exceção de 2016. Mesmo assim, a greve é contra a prefeitura e não contra o estado, mesmo com todo o histórico de avanços”, lamentou Barral.

O prefeito ACM Neto já havia declarado que vai cortar o ponto dos professores que não comparecerem ao trabalho já no mês de julho. Ele considerou a greve partidária e disse que vai tratar o movimento da APLB como tal.

Apesar da posição da prefeitura, a APLB afirma que “a categoria há três anos não tem reajuste salarial, nem reajuste no auxílio alimentação”. Conforme o sindicato, há quatro anos que os direitos dos trabalhadores em educação são desrespeitados e um exemplo disso seria a não concessão de mudança de nível. Sendo assim, os profissionais não receberiam salários de acordo com a sua qualificação. A entidade marcou uma assembleia para a terça-feira (19).

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