Publicado em 05/11/2018 às 08h33.

Banqueiros pedem união para país ‘virar a página’

Sócios do Itaú Unibanco, Roberto Setubal e Pedro Moreira Salles afirmam que polarização afeta crescimento e deve ser combatida por governo

Redação
Foto: Divulgação
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O presidente do Conselho de Administração do Itaú Unibanco Holding, Roberto Setubal, afirmou em entrevista à Folha de S. Paulo que, para retomar o caminho do crescimento, é preciso “virar essa página e unir o país”. “Precisamos de um país que ande para a frente, com crescimento”, disse Setubal, que falou ao jornal paulista ao lado do copresidente da instituição, Pedro Moreira Salles.

Cabeças à frente do processo que resultou na fusão entre o Itaú e o Unibanco, em novembro de 2008, os sócios afirmam esperar que, sob o futuro governo, a ser comandado por Jair Bolsonaro (PSL), o Brasil possa recuperar o ambiente de negócios.

“A incerteza é, sem dúvida, o elemento que pega diretamente. Passada a eleição, é virar essa página. Unir o país. Precisamos de um país que ande para a frente, com crescimento. O banco não tem posição política. Isso tem que ficar muito claro. A posição do banco é contribuir para o desenvolvimento do país, em qualquer governo. Sempre estaremos dispostos a colaborar e a fazer nosso papel. Não queremos entrar em avaliações e julgamentos de pessoas e situações”, declarou Setubal.

“Foi a primeira vez, que eu me lembre, que o processo se deu assim. Mas o Brasil só dará certo se conseguir virar essa página. Se ficar dividido vai ser muito difícil, porque tudo se torna politizado. Todos viram torcedores. Isso é ruim para o país. Compete a quem está assumindo saber dar esse passo. É muito importante que isso aconteça porque agora está definido”, emendou Moreira Salles.

“A Bolsa sobe, o dólar cai. É o investidor se posicionando. Falta entender qual é o projeto. Temos apenas especulações. Mas, independentemente do cenário, existem desafios enormes para as instituições financeiras. A gente se preocupa muito mais com isso do que com a questão imediata da política. Que tipo de nova concorrência vem aí, como que você atrai o novo cliente, são as nossas questões”, acrescentou.

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