Publicado em 20/12/2018 às 13h20.

BC avalia tendência de inflação para definir Selic, afirma Goldfajn

Para Copom, apesar disso, riscos de alta da inflação permanecem relevantes

Redação
Ilan Goldfajn (Foto Wilson Dias/Agencia Brasil)
Foto: Wilson Dias/Agencia Brasil

 

O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, afirmou nesta quinta-feira (20) que o Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por definir a taxa básica de juros, a Selic, olha a tendência para a inflação e não a situação de curto prazo, que pode mudar muito rapidamente.

Ele destacou que a retirada da frase que indicava a possibilidade de elevação gradual da Selic em comunicados do BC não foi um acidente ou esquecimento do Copom.

Segundo Goldfajn, o risco de inflação abaixo do esperado aumentou, devido à ociosidade da economia. Ele acrescentou que, por outro lado, há riscos de aumento da inflação relacionados à frustração das expectativas de reformas na economia brasileira e à possibilidade de deterioração do cenário externo para economias emergentes. Entretanto, ele citou que houve um “arrefecimento” do risco de não serem feitas reformas, como a da Previdência, porque o futuro governo tem “mandado sinais positivos sobre a vontade de fazer as reformas”.

Para o Copom, apesar disso, os riscos de alta da inflação permanecem relevantes e seguem com maior peso na análise de cenários. Por isso, Goldfajn considera que, apesar de menos intensa, permanece a assimetria no balanço de riscos para a inflação.

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